O mercado de trabalho registrou o fechamento de 1,486 milhão de vagas com carteira assinada no período de um ano até o final do segundo trimestre, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O montante representa uma redução de 4,1% no total de vagas formais no setor privado no segundo trimestre ante o mesmo período de 2015.
O emprego sem carteira teve ligeiro aumento, de 0,2%, com 16 mil pessoas a mais na informalidade dentro do setor privado. O trabalho doméstico, por outro lado, teve a adesão de 224 mil trabalhadores no período de um ano, alta de 3,7% no total de empregados nessa condição.
Já o trabalho por conta própria também aumentou em relação ao segundo trimestre de 2015, 3,9%, com 857 mil pessoas a mais.
Indústria
A indústria demitiu 1,440 milhão de trabalhadores no último ano, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O montante representa uma redução de 11% no contingente de trabalhadores da atividade no segundo trimestre, ante o mesmo período do ano passado.
“A gente vê que a indústria, sem dúvida, é o grupamento que mais percebe essa crise”, afirma Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
São 1,4 milhão de pessoas a menos no contingente de trabalhadores da indústria. “Isso diretamente, sem contar aqueles que trabalham para a indústria, que sofrem esse impacto do fechar de portas da indústria, que são os trabalhadores terceirizados”, apontou Azeredo.
O coordenador do IBGE explica que o grupamento Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foi atingido também pela crise na indústria. O grupamento demitiu 1,079 milhão de pessoas em um ano, redução de 10% no total de ocupados em relação ao segundo trimestre de 2015.
“Esse grupamento carrega dentro dele os terceirizados, que são atingidos pela queda na indústria”, justificou o coordenador do IBGE.