Brasil registra média de 1.092 mortes por covid-19, a segunda mais alta do ano
O cenário do Brasil é considerado estável, com uma alta de 2% na média diária de mortes. A única região com aceleração das mortes é o Nordeste —alta de 31%.
O Brasil registra nesta segunda-feira (15) 1.092 mortes diárias por covid-19, na média dos últimos sete dias. Já são 26 dias consecutivos com a média acima de mil —desde 21 de janeiro.
Os números atuais estão próximos do auge da primeira onda da pandemia, quando o Brasil teve 31 dias seguidos com a média diária acima de mil —entre 3 de julho e 2 de agosto.
Domingo (14), o país atingiu a pior média diária de mortes desde o início da pandemia. Foram 1.105 óbitos por dia, na média de sete dias. Antes, o maior número tinha sido atingido em 25 de julho —1.097. Dessa forma, o número desta segunda-feira é o terceiro maior da pandemia, e o segundo maior de 2021.
Até agora, 239.895 pessoas morreram pelo coronavírus no Brasil. O número de pessoas que pegaram a doença é de 9.865.911. Já a quantidade de vacinados é de 5.285.981.
12 estados em alta
O cenário do Brasil é considerado estável, com uma alta de 2% na média diária de mortes. A única região com aceleração das mortes é o Nordeste —alta de 31%.
Os estados com cenário de aceleração são: Acre, Pará, Rondônia, Roraima, no Norte; Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, no Nordeste; Goiás, Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste; Minas Gerais, no Sudeste.
Os dados são das secretarias estaduais de saúde. Foram levantados pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte.
A média dos últimos sete dias é considerada pelos especialistas a melhor forma de observar o cenário da covid-19.
Aos fins de semana, por exemplo, os números costumam cair por causa da menor disponibilidade de equipes de saúde para atualizar os dados. A média dos últimos sete dias é uma forma de atenuar essas distorções.
Para definir se o cenário é de aceleração, estabilidade ou queda, é calculada a mudança no período de 14 dias.
Já o número total de mortes registradas nesta segunda —sem cálculo de média— foi de 601. Isso não indica quando os óbitos ocorreram de fato, mas sim a data em que passaram a constar dos balanços oficiais. Nas últimas 24 horas, houve 32.216 diagnósticos positivos para o novo coronavírus.
Dados da Saúde
Nesta segunda-feira (15), o Ministério da Saúde divulgou que o Brasil registrou 528 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença causou 239.773 óbitos em todo o país, nas contas do Ministério.
De ontem para hoje, houve 32.197 novos casos de covid-19, atingindo um total de 9.866.710 infectados no país desde o começo da pandemia.
De acordo com o governo federal, 8.805.239 pessoas se recuperaram da doença, com outras 821.698 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
Especialistas indicam cálculo de média móvel
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
- Espírito Santo: queda (-14%)
- Minas Gerais: aceleração (15%)
- Rio de Janeiro: queda (-15%)
- São Paulo: estável (1%)
Região Norte
- Acre: aceleração (81%)
- Amazonas: estável (-11%)
- Amapá: queda (-18%)
- Pará: aceleração (58%)
- Rondônia: aceleração (23%)
- Roraima: aceleração (189%)
- Tocantins: estável (-9%)
Região Nordeste
- Alagoas: estável (-6%)
- Bahia: aceleração (49%)
- Ceará: aceleração (63%)
- Maranhão: aceleração (16%)
- Paraíba: aceleração (26%)
- Pernambuco: estável (1%)
- Piauí: estável (11%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (74%)
- Sergipe: estável (-4%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: estável (-6%)
- Goiás: aceleração (33%)
- Mato Grosso: estável (-6%)
- Mato Grosso do Sul: aceleração (20%)
Região Sul
- Paraná: queda (-40%)
- Rio Grande do Sul: estável (7%)
- Santa Catarina: estável (-10%)