prisão

Brasileiro é condenado a prisão na Inglaterra por estuprar homens heterossexuais após dopá-los

Luiz da Silva Neto, de 35 anos, dava alucinógenos para as vítimas

(Foto: Reprodução)

O brasileiro Luiz da Silva Neto, de 35 anos, foi condenado a 22 anos de prisão no Reino Unido por ter drogado e estuprado ao menos duas vítimas no condado de Oxfordshire em novembro e dezembro do ano passado. De acordo com o promotor do caso, ele “batizava” a bebida de seus alvos com drogas e elas, por sua vez, acordavam nuas e sem entender o que tinha acontecido com elas.

— Da Silva Neto atacou deliberadamente homens heterossexuais que ele acreditava serem especialmente improváveis ​​de denunciar os crimes à polícia — disse o investigador James Holden-White à Sky News. — Da Silva Neto usou o que se apresenta como um modus operandi bem praticado; mirar homens, administrar uma substância para incapacitar e dominar sua vítima escolhida, e depois se envolver em atividade sexual com eles, sabendo que não estão em posição de consentir.

Segundo o promotor do caso, Matthew Walsh, o acusado usou a droga GHB, que tem “efeitos eufóricos e alucinógenos”, para dopar as vítimas. Uma das vítimas afirmou que, apesar do trauma, estava feliz em ajudar a “proteger outras pessoas desse monstro”.

De acordo com o site Oxford Mail, o brasileiro trabalhava para uma floricultura de Londres e ajudava seu parceiro a alugar a casa de Oxfordshire para hóspedes. Os crime eram cometidos neste local.

No julgamento, há duas semanas, Neto foi considerado culpado pelas seguintes acusações: administrar intencionalmente uma substância; fazer alguém se envolver em atividade sexual sem consentimento; além de estupro.

Como aconteceu

A primeira vítima diz ter bebido com Neto na propriedade em Oxfordshire, depois de ter viajado para lá a trabalho, em novembro. Em dado momento, “começou a sentir-se subitamente cansado”, e adormeceu.

Ao acordar, nu, seu corpo já “não funcionava… como se ele estivesse paralisado”, e estava recebendo sexo oral de Neto. Na manhã do dia seguinte, a vítima sentiu o corpo “partido em dois” e, ao sair da propriedade, avistou uma seringa vazia, foi quando ficou “convencido de que tinha sido drogado”.

Já no mês seguinte, uma segunda vítima foi à propriedade. Desta vez, o homem, recém casado, foi levado a Oxforshide após uma noitada numa boate em Londres. Ele também acordou nu, “em uma casa estranha” por volta das 10h da manhã do dia seguinte. Ele ficou “confuso, angustiado e chateado”, sem saber o que tinha acontecido.

De acordo com o promotor, foi se aproveitando da memória da vítima que “começou a desaparecer”, que Neto “se aproveitou do homem estar bêbado”. A vítima não conseguiu explicar as horas entre ter saído do bar e acordado pelado na cama de Neto.

Dado como desaparecido, o homem relatou uma “esmagadora sensação de pânico e confusão” antes de pegar um táxi e voltar para Londres, quando foi levado pela esposa ao hospital. Os exames negativaram para a presença da droga GHB.

Luiz da Silva Neto alegou que as relações sexuais foram todas consensuais e que nunca tinha drogado ninguém.