Cachoeira volta para cadeia em camburão da Polícia Federal
Populares aplaudiram o momento em que o contraventor foi preso. Ex-dono da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, também foi levado de volta ao presídio
A Polícia Federal voltou a prender na manhã desta quinta-feira (28/07) o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e Fernando Cavendish, ex-dono da empreiteira Delta. Cachoeira foi levado em um camburão da Polícia Federal para o presídio de Água Santa, na zona norte do Rio de Janeiro e, segundo informações do jornal O Globo, populares aplaudiram o momento em que o contraventor foi preso.
A prisão ocorre após decisão da 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), no Rio de Janeiro, que determinou que os cinco presos na Operação Saqueador retornassem ao presídio. Cachoeira e Cavendish haviam sido presos, há cerca de um mês, por lavagem de R$ 370 milhões desviados de cofres públicos, no âmbito da Operação Saqueador. Depois de ficarem cerca de dez dias no Complexo Penitenciário de Bangu, eles passaram a cumprir pena em prisão domiciliar desde o dia 11 de julho.
Também voltaram a ser presos hoje Adir Assad, Marcelo Abbud e Cláudio Abreu, que também tinham sido beneficiados com a prisão domiciliar e tinham deixado a penitenciária em 11 de julho.
Operação Saqueador
A Operação Saqueador, da Polícia Federal, rastreia esquema de desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro, no valor de R$ 370 milhões. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os principais acusados são o empresário Fernando Cavendish, ex-dono empreiteira Delta Construção, e o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Além deles, foram denunciadas 21 pessoas – executivos, diretores, tesoureira e conselheiros da empreiteira, além de proprietários e contadores de empresas fantasmas, criadas por Carlinhos Cachoeira, Adir Assad e Marcelo Abbud.
Segundo o MPF, foram reastreados os pagamentos feitos pela Delta a empresas de fachada. Foi verificado ainda aumento dos valores dessas transferências em anos de eleições. Foram feitas transferências, por exemplo, de R$ 80 milhões para uma obra inexistente chamada Transposição do Rio Turvo, no Rio de Janeiro.
As empresas, que só existiam no papel, recebiam o dinheiro, mas não executaram o serviço. De acordo com o MPF, as empresas de Adir Assad e Marcelo Abbud emitiam notas frias não só para a Delta, mas para muitas outras empresas. Segundo as investigações, o esquema também serviu de suporte à corrupção na Petrobras. (Com informações da Agência Brasil e do Jornal O Globo )