Cachorro que inspirou lei contra maus-tratos a animais morre em MG
Em 2020, o cachorro Sansão teve as duas patas traseiras decepadas pelo dono, que alegou que estava se protegendo
Morreu nesta sexta-feira (13), aos seis anos, o pitbull Sansão, cachorro que inspirou o Congresso Nacional aprovar em 2020 uma lei que aumentou a pena para violência contra cães e gatos de dois para cinco anos de prisão, com a possibilidade de majorar de um sexto a um terço se o crime causar a morte do animal.
Sansão morreu depois de passar mal durante um passeio. “Agora, Sansão descansa. Sem dor, ele se tornou uma estrela, brilhando no céu como o guerreiro que sempre foi. Sua missão foi cumprida, e seu legado será eterno”, diz nota de pesar publicada em perfil dedicado ao pit bull em rede social.
O crime contra Sansão ocorreu em julho de 2020, em um terreno vizinho à casa onde vivia, em Confins (MG). Ele teve as duas patas traseiras decepadas.
Agressor do cachorro
Na ocasião, o agressor alegou que se defendia. Isso porque o cachorro teria o costume de ir ao local e entrar em conflito com seus cães. Considerado manso, Sansão teve a boca amarrada para não reagir. O tutor, Nathan Braga, afirmou à época que o pit bull era dócil e não representava risco a humanos.
O caso provocou reações diante de uma pena branda para maus-tratos contra animais. Meses depois, foi sancionada lei que aumentou pena para quem maltratar cães e gatos. Conhecida como Lei Sansão, ela faz com que o crime deixe de ser considerado de menor potencial ofensivo e prevê prisão para o agressor. O cachorro participou da cerimônia no Planalto.