Cadela morre enforcada dentro de pet shop em Planaltina de Goiás
Hasha foi deixada em cima da bancada, amarrada pelo pescoço; tutora acredita que o animal tenha caído e se enforcou com a guia
Um caso de negligência em um pet shop em Planaltina de Goiás gerou revolta e tristeza, na última terça-feira (3). Hasha, uma cadela de quatro anos, morreu enforcada após ser deixada sozinha no estabelecimento, enquanto os funcionários saíram para almoçar. A família, desolada, exige que os responsáveis sejam punidos.
Ao Mais Goiás, a tutora de Hasha, a autônoma Angélica Alves Fernandes, de 41 anos, conta que deixou a cadela para tomar banho no pet shop, em que já era cliente há mais de um ano. “Eu levava ela nesse pet shop por acreditar ser um espaço que tivesse mais estrutura e um cuidado melhor”, afirmou Angélica. Segundo a autônoma, Hasha foi deixada no local por volta das 9h30 para tomar banho.
Por volta das 11h30, a proprietária do local enviou uma mensagem informando que o animal estava pronto e que poderiam ir buscá-lo. Foi o filho de Angélica quem foi buscar o pet, e quando chegou ao local, se deparou com a cena. “Quando meu filho chegou, olhou pela porta e já viu ela lá, pendurada pelo pescoço, e não tinha ninguém lá. Meu filho correu, pegou ela no colo, mas não tinha mais o que fazer”, relembrou, emocionada.
“Uma tragédia anunciada”
Segundo a tutora, Hasha foi deixada em cima da bancada, amarrada pelo pescoço. Ela acredita que o animal tenha caído e se enforcou com a guia. “Era uma tragédia anunciada”, lamenta. Angélica também relatou que a cadela chegou a defecar de dor antes de morrer.
O filho que encontrou Hasha ficou em estado de choque e precisou ser levado ao hospital pelo Corpo de Bombeiros. “Estamos desolados. Em casa, éramos sempre nós quatro: eu, meus dois filhos e ela. Ela era brincalhona, amorosa, parceira. Meus vizinhos também estão chocados; todos eram apaixonados por ela”, diz.
Pedido de Justiça
Angélica registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Planaltina de Goiás e acionou advogados para responsabilizar o pet shop. “Que a justiça seja feita, para que eles respondam e passem a ter um protocolo de segurança. Se, no futuro, houver alguma indenização, vamos usar o dinheiro para ajudar uma ONG de causa animal”, afirma.
A família também divulgou o caso para alertar outros tutores sobre os riscos de negligência em locais que deveriam zelar pelo bem-estar dos animais. “Era nossa família. Espero que isso sirva de exemplo para que tragédias como essa não se repitam”, conclui Angélica.
O Pet Shop divulgou uma nota em suas redes sociais lamentando a morte da cadela Hasha e classificou o caso como resultado de negligência de um funcionário, que foi demitido. A proprietária garantiu que está revisando protocolos para evitar novos incidentes e destacou que custeou a cremação do animal como forma de respeito. Ela também mencionou que decidiu manter o funcionamento para não comprometer o cuidado de outros animais, mas, posteriormente, fechou o estabelecimento devido a ameaças e vandalismo.