Imbróglio

Câmara exige suspensão imediata do serviço Cartão Sitpass Expresso

No documento aprovado hoje, os vereadores lembram que pelo serviço o usuário deverá pagar R$ 5,50 e será comercializado apenas pelo motorista

Assinado por 27 dos 35 vereadores presentes na sessão de hoje (17), foi aprovado o requerimento que exige a imediata suspensão do serviço de Cartão Sitpass Expresso, em vigor desde o último dia 15 deste mês. O pedido será encaminhado ao presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Murilo Ulhôa, que, segundo o presidente da Câmara, Anselmo Pereira, PSDB, foi convidado para estar na Casa na próxima terça-feira, 22, às 11 horas, para debater o assunto com os vereadores.

No documento aprovado hoje, os vereadores lembram que pelo serviço o usuário deverá pagar R$ 5,50 e será comercializado apenas pelo motorista. “Essa medida foi justificada para atender ao usuário que não adquiriu o sitpass convencional ou que não possuem o cartão fácil. A CMTC diz que o excedente cobrado, R$ 1,80, será devolvido ao usuário mediante devolução do cartão ou creditado na conta do cartão fácil”.

Tais explicações, porém, conforme os vereadores, não se justificam. “Trata-se”, diz o documento, “de um ato imoral, ilegal e fere de morte o Código de Defesa do Consumidor e os direitos dos usuários de transporte”.

Críticas

Também é feita uma pesada crítica a qualidade do serviço oferecido à população: “É um serviço de péssima qualidade, ônibus que não cumprem as planilhas de horários, mulheres são vilipendiadas em sua honra dentro dos coletivos, segurança é mínima ocorrendo assaltos e atos de frequência, veículos em más condições de conservação, sempre lotados e o cidadão tratado como verdadeiro animal. Esse cartão da CMTC constitui em um verdadeiro roubo ao usuário, quando o obriga a realizar uma viagem e pagar 50% a maior pelo valor da tarifa”.

Ao concluir, os vereadores lembram que o novo serviço “vai ser igual aos outros, em que as pessoas são obrigadas a adquirir o cartão e ao devolvê-lo será reembolsado. Via de regra, porém, por vários fatores, a pessoa não volta para ser ressarcida, enriquecendo ilicitamente os que instituíram o serviço. Portanto, esta Casa requer a suspensão imediata do serviço sitpass expresso”.