VAI A JULGAMENTO

Caminhoneiro envolvido em acidente que matou PMs em Goiás vira réu por homicídio doloso

Ao Mais Goiás, a advogada do motorista de caminhão afirma que a maioria das informações apresentadas no laudo são inverídicas

Morreram o subtenente Gleidson Rosalen Abib, o 1º sargento Liziano José Ribeiro Junior, o 3º sargento Anderson Kimberly Dourado de Queiroz e o cabo Diego Silva de Freitas

A Justiça de Goiás recebeu a denúncia contra o caminhoneiro Diego Michael Cardoso, envolvido na morte de quatro policiais do Comando de Operações de Divisas (COD), em Goiás. O acidente aconteceu no último dia 24 de abril, na BR-364, no município de Cachoeira Alta. O motorista do caminhão virou réu no processo.

A denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO) acusa Diego Michael por homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar) contra os policiais Gleidson Rosalen Abib, Liziano José Ribeiro Júnior, Anderson Kimberly Dourado de Queiroz e Diego Silva de Freitas.

Na denúncia, o promotor de Justiça Tommaso Leonardi relata que o caminhoneiro excedeu o limite de velocidade, assumindo o risco de produzir o resultado morte (dolo eventual).

Ao Mais Goiás, a advogada do motorista de caminhão diz que a maioria das informações apresentadas no laudo são inverídicas. Além disso, diz que o documento apresentado pela Polícia Técnico-Científica procurou achar um culpado pelo acidente, por isso será rebatido.

Inquérito aponta que caminhão invadiu a pista contrária

Inquérito policial aponta que o fato se deu entre as 19h20 e 19h30, quando houve a colisão semifrontal, envolvendo o caminhão conduzido pelo caminhoneiro e a caminhonete na qual estavam os policiais. De acordo com a denúncia, Diego dirigia o veículo carregado com aproximadamente 70 toneladas de milho, com destino a Ribeirão Preto, em São Paulo. Já os policiais saíam de um posto da Polícia Rodoviária Estadual, no município de Caçu.

É apontado que Diego invadiu a faixa contrária, sendo esta contínua, indicando ultrapassagem proibida, momento em que colidiu com a viatura. Conforme laudo da perícia criminal, o veículo estava em alta velocidade e foram encontradas marcas de frenagem do caminhão no acostamento contrário à sua mão, ou seja, na pista onde vinha o carro com os policiais.

Pouco antes do acidente, a velocidade do caminhão era entre 110 e 120 quilômetros por hora. Com a colisão, as vítimas foram arremessadas para fora da viatura, sendo constatado os óbitos de Anderson, Liziano e Diego, naquele local. Gleidson foi encontrado com vida e conduzido para Caçu, mas morreu poucos minutos após o acidente.