A Campanha de Vacinação Contra Influenza 2016 foi antecipada e começa nesta terça-feira (12/4) em Goiás. Inicialmente as vacinas estarão disponíveis na rede pública em Goiânia e Região Metropolitana, Região Pirineus e Região Centro Sul, num total de 61 municípios. A partir de 18 de abril começa a imunização nos demais 185 municípios, segundo o secretário estadual de Saúde, Leonardo Vilela.
A vacinação é destinada aos grupos prioritários, que são: crianças de seis meses a menores de cinco anos, pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, povos indígenas, gestantes, mulheres que deram à luz recentemente, presos e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais. Vilela explica que essas pessoas devem ter prioridade porque são mais susceptíveis aos casos graves e também devido à capacidade de vacina produzida pelos laboratórios não ser suficiente para toda a população.
“Nós temos problemas tanto de capacidade de produção de vacina por parte dos laboratórios quanto à questão do custo. Esses grupos são mais susceptíveis aos casos graves e ao óbito. 70% dos óbitos de gripe A ocorrem nesses grupos. Se nós protegermos esses grupos de risco podemos baixar em até 70% os óbitos, além de diminuir a circulação do vírus”. Há também vacina na rede particular que, para Vilela, serve como complementação da prevenção para aqueles que não fazem parte desses grupos prioritários.
Em Goiás, a meta da Campanha é atingir 80% dos grupos de risco, o que representa 1,5 milhão de pessoas. “Até maio, teremos disponíveis 1,6 milhão de doses e acredito que iremos atingir este objetivo”. A vacinação segue até dia 20 de maio. É preciso ressaltar que após tomar a vacina, o organismo leva em média de 12 a 15 dias para estar protegido.
Comitê
O Comitê da Influenza foi reativado na semana passada e já realizou a primeira reunião. O Comitê é formado por diversos órgãos ligados à área da Saúde. “Estamos atualizando o nosso plano de contingência para a gripe A. Envolvemos todas as entidades, universidades, secretarias municipais, hospitais de referência nessa discussão para prevenir”. Após a última epidemia, o Comitê foi extinto em 2010 e agora reativado como forma de prevenção.
Boletim da SRAG
A Secretaria da Saúde também divulgou o Boletim número 4 de 2016, da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). De 3 de janeiro a 2 de abril, foram confirmados, em Goiás, 10 casos de H1N1, com cinco mortes. As confirmações foram em Goiânia, Cachoeira Alta, Quirinópolis, Rio Verde, Caldas Novas, Ouvidor e Planaltina. As mortes ocorreram em Goiânia, Rio Verde, Caldas Novas, Planaltina e Ouvidor.
A Secretaria da Saúde recebe a notificação compulsória da SRAG, que é um quadro clínico caracterizado pela presença da síndrome gripal associada a pelo menos um dos seguintes sinais e sintomas: dispneia, desconforto respiratório, piora nas condições clínicas das doenças de base e pressão baixa. Essa síndrome é causada por diversos agentes, entre eles, o vírus da influenza, e dentre esses, o H1N1.
Até o dia 2 de abril, os municípios goianos notificaram 93 casos de SRAG. Foram confirmadas 24 mortes provocadas por complicações da Síndrome, incluídos, entre esses, as cinco mortes causadas pela H1N1.