Candidatos dizem como pretendem aumentar oferta de mão de obra qualificada em Goiás
Caiado (União Brasil), Mendanha (Patriota) e Major Vitor Hugo (PL) falam sobre as ações a serem adotadas para capacitar profissionais no território goiano
Uma das mais frequentes reclamações das indústrias e do mercado em geral refere-se à falta de mão de obra qualificada. Segundo estudo realizado pela consultoria de recursos humanos ManpowerGroup em junho de 2022, o Brasil ocupou a 9ª posição de países com mais falta de profissionais qualificados. Em Goiás, a realidade não é diferente. No início de 2022, por exemplo, a construção civil abriu cerca de mil vagas de trabalho no estado, mas não conseguiu preenchê-las completamente em razão da falta de trabalhadores qualificados, segundo levantamento do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO). Ronaldo Caiado (União Brasil), Gustavo Mendanha (Patriota) e Major Vitor Hugo (PL), candidatos ao governo estadual, falam sobre as pretensões para solucionar a problemática.
O governador Ronaldo Caiado disse que a indústria e o governo já são parceiros na formação de mão-de-obra, inclusive no planejamento de uma formação continuada, de cursos que atendam às novas demandas do mercado. Caso seja reeleito, ele pretende fortalecer os Colégios Tecnológicos do Estado de Goiás (Cotec’s), bem como aumentar a oferta de cursos de qualificação e especialização; incluir aulas de gestão financeira e empresarial nos cursos que dão acesso ao Crédito Social e ampliação dos cursos de qualificação para empreendedores e startups.
Segundo Mendanha, se for escolhido governador de Goiás, irá vocacionar a Universidade Estadual de Goiás, de acordo com o potencial de cada região de Goiás, cada uma com sua característica. Também diz que vai ampliar a rede de Cotec’s e implantar escolas agrícolas para expandir o conhecimento técnico do agronegócio, além de oferecer cursos intensivos para a capacitação de profissionais em áreas com demandas no estado.
O deputado federal Major Vitor Hugo, terceiro colocado no levantamento Goiás Pesquisas/Mais Goiás, acredita que uma das maneiras de solucionar o problema da falta de mão-de-obra é incentivar os alunos do Ensino Médio a ingressarem no ensino técnico-profissional. Assim, poderão ter o seu primeiro emprego em um curto espaço de tempo, além de formar um grande contingente de jovens qualificados. Para tanto, quer criar cursos profissionalizantes em cada região do estado, de acordo com a sua vocação. Também quer desempenhar trabalho conjunto entre o poder público, a iniciativa privada e a academia, para obter grande resultado com ênfase em parcerias com o Sistema S.
Veja respostas na íntegra
Ronaldo Caiado
A indústria e o governo já são parceiros na formação de mão de obra, inclusive no planejamento de uma formação continuada, de cursos que atendam as novas demandas do mercado. Vários cursos têm foco na tecnologia.
Os dados positivos de Goiás são resultados de políticas públicas voltadas para a qualificação e incentivo ao emprego e renda. Após identificar o grave problema histórico da falta de capacitação de trabalhadores, criamos o programa Mais Empregos, que oferece cursos por meio dos Colégios Tecnológicos, de acordo com a demanda do mercado. Mais de 16 mil alunos já concluíram cursos nos Cotecs desde o início do programa.
Os bons resultados da economia são reflexos de um Estado com estabilidade, onde empresários encontram um ambiente com previsibilidade, propício para investimentos. Entre os investimentos do Governo de Goiás que potencializam o crescimento da economia do Estado, destaca-se os investimentos na política de qualificação profissional, que qualifica mão de obra para o mercado de trabalho e também insere mais pessoas nesse mercado. Fortalecemos os Colégios Tecnológicos do Estado de Goiás (Cotecs), instituímos a Bolsa Qualificação, e criamos os programas Mais Empregos, Crédito Social e Aprendiz do Futuro.
Os Colégios Tecnológicos têm importante papel na qualificação da mão de obra no Estado de Goiás e ajuda na melhoria da empregabilidade e na distribuição de renda. Atualmente, Goiás possui 17 Colégios Tecnológicos e 41 Unidades Descentralizadas, atendendo em 47 municípios goianos e ofertando, só em 2022, 39,5 mil vagas de capacitação, 18,5 mil vagas de qualificação e 8,5 vagas mil em cursos técnicos e superior.
Criamos, em setembro de 2020, o programa Mais Empregos, utilizando a estrutura existente do Sine, com ações de captação e oferta de oportunidades de trabalho formal, combinadas com iniciativas de qualificação e capacitação profissional. Em 2021 e 2022, o programa foi ampliado e hoje está presente em 98 postos de atendimento em todas as regiões de Goiás.
Com o objetivo de estimular o empreendedorismo e estimular a autonomia financeira, o Governo de Goiás criou o Crédito Social, que concede até R$ 5 mil a alunos que concluírem cursos do Cotec e que estiverem dentro dos requisitos do CadÚnico. Até o dia 6 de setembro, 5.207 pessoas já foram beneficiadas pelo Crédito Social, totalizando investimento de R$10.594.899,67.
Outro benefício é a Bolsa Qualificação, que concede auxílio de R$250 mensais a alunos do Cotec, visando evitar a evasão escolar. Até o dia 6 de setembro, o governo estadual já havia repassado R$1.294.500,00 a 4.665 pessoas.
A juventude é tratada com prioridade pela nossa gestão e pensando na inserção do jovem no mercado de trabalho e no aprendizado profissional, criamos o Programa Aprendiz do Futuro. Foram abertas 6.250 vagas para jovens de 14 a 15 anos, para que eles tenham acesso a cursos de qualificação, estágio remunerado, vale alimentação, vale transporte, tablets com internet para estudo, seguro de vida, uniforme, 13° salário, férias remuneradas e muito mais.
Gustavo Mendanha
A mão de obra qualificada é uma das grandes necessidades das empresas. Meu objetivo é vocacionar a Universidade Estadual de Goiás, de acordo com o potencial de cada região de Goiás, cada uma com sua característica. Vamos ampliar a rede de cotecs, que são escolas profissionalizantes, e implantar escolas agrícolas para expandir o conhecimento técnico do agronegócio.
Tem um projeto em meu plano de governo, que prevê a integração das bases do Sistema Nacional de Emprego (Sine) com outras plataformas de intermediação de vagas que funcionará para identificar as vagas e os profissionais com características correspondentes para oferecer essa vaga a ele, com a possibilidade de oferecer cursos intensivos para capacitação para a área disponível.
Major Vitor Hugo
Acredito que uma das maneiras é incentivar os alunos do ensino médio a ingressarem no ensino técnico-profissional. Assim, os jovens poderão ter o seu primeiro emprego em um curto espaço de tempo e, posteriormente, ingressar em alguma carreira do ensino superior.
Com a implementação de projetos para o ensino técnico-profissional, teremos um grande contingente de jovens com mão de obra qualificada. Para tanto, quero criar cursos profissionalizantes em cada região do estado, de acordo com a sua vocação. Vou desempenhar um trabalho conjunto entre o poder público, a iniciativa privada e a academia para obter um grande resultado, com ênfase em parcerias com o Sistema S.