Candidatura de Barbosa seria aventureira, diz Marun
Marun fez críticas à entrada de Barbosa na eleição e incluiu o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) em um grupo que chamou de "salvadores da pátria".
Articulador político do presidente Michel Temer, o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) afirmou que a candidatura de Joaquim Barbosa (PSB) ao Palácio do Planalto seria “personalista” e “aventureira”.
Marun fez críticas à entrada de Barbosa na eleição e incluiu o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) em um grupo que chamou de “salvadores da pátria”.
“O Brasil não está precisando de candidaturas personalistas, de salvadores da pátria, de gente que se filia a partido político na véspera do prazo de filiação. Essas candidaturas personalistas, a gente não sabe o que querem e por que se apresentam. Não representam perspectiva de bom futuro para o país”, disse Marun, que participou do Fórum Empresarial, em Recife.
Para o ministro, Barbosa não seria “uma boa solução para o Brasil”. Ele afirmou que o governo deve apoiar um candidato que represente uma continuidade da agenda de Temer, e que seria um “suicídio político” se o MDB decidisse “rasgar esse projeto e se aliar a essas candidaturas personalistas e aventureiras que aí estão”.
Marun citou nesse rol os nomes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do deputado Jair Bolsonaro (PSL) e da ex-senadora Marina Silva (Rede), além de Barbosa.
O articulador político do Planalto adotou tom flexível em relação à candidatura que representará o governo na eleição: afirmou que a chapa não precisa necessariamente ser liderada pelo MDB, com Temer ou com Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda.
“Quem vai ser esse candidato? Vai ser do MDB? Na verdade, não sabemos”, disse. “Aquele que desejar ser o candidato do governo deve dialogar conosco. Não estamos aí para oferecer tempo de TV. Queremos um candidato que defenda o muito que nós já fizemos e que tenha, em relação ao futuro, o mesmo pensamento que nós temos.”
Marun afirmou que “não está afastada a possibilidade” de uma aliança do MDB com o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, mas ponderou que o tucano não apresenta disposição para defender a pauta do atual governo.