Capa da revista ‘Time’, Lula fala sobre Ucrânia, Bolsonaro e democracia
A revista americana Time adiantou sua capa nesta quarta-feira (4), voltada para uma entrevista com o…
A revista americana Time adiantou sua capa nesta quarta-feira (4), voltada para uma entrevista com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O líder mais popular do Brasil busca um retorno à presidência”, diz a chamada da publicação.
A jornalista americana Ciara Nugent, enviada a São Paulo mais de um mês atrás, diz que Lula foi “muito charmoso” e falou do passado, mas evitou detalhar o que pretende em economia. Na entrevista, o político ainda falou sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, a “frágil democracia do Brasil” e sobre o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmando que o político “despertou ódios”.
Nugent abre seu texto destacando como o ex-presidente deixou para trás o primeiro ato:
“A vida de Luiz Inácio Lula da Silva já completou vários arcos dramáticos. Primeiro, a jornada do herói: uma criança nascida na pobreza se muda para a cidade grande, sobe para liderar um sindicato e depois se torna o presidente mais popular da história do Brasil moderno. Em seguida, a tragédia: um estadista célebre é apontado em um esquema de corrupção impressionante, enviado para a prisão e forçado a assistir do lado de fora enquanto os rivais desmantelam seu legado.”
“Os finais parecem não se encaixar. Em abril de 2021, a Suprema Corte do Brasil anulou as condenações por corrupção que haviam excluído Lula da política em 2018, dizendo que um juiz tendencioso em seu caso havia comprometido seu direito a um julgamento justo. A decisão bombástica colocou o Brasil a caminho de um confronto entre o esquerdista Lula e o atual presidente de extrema-direita, Jair Bolsonaro, nas eleições de outubro de 2022.”
Sobre a guerra atual, Lula diz: “Putin não deveria ter invadido a Ucrânia. Mas não é só o Putin que é culpado, são culpados os Estados Unidos e é culpada a União Europeia. Qual é a razão da invasão da Ucrânia? É a OTAN? Os Estados Unidos e a Europa poderiam ter dito: ‘A Ucrânia não vai entrar na OTAN’. Estaria resolvido o problema”.
Quando perguntado sobre Bolsonaro, o político afirma que o atual presidente despertou o ódio. “Ele despertou o preconceito. Aí tem outros presidentes também na Europa, na Hungria, [que fazem o mesmo]; está aparecendo muito fascista, muito nazista no mundo”, disse, completando que Bolsonaro estimula o racismo no Brasil.
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