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Nesta quinta-feira (18/27), carro de som e uma carreata do Corpo de Bombeiros percorreram várias ruas de Goiatuba, cidade situada no Sul do Estado, para chamar a atenção da comunidade para retirar o lixo acumulado em suas residências. Essa é a segunda etapa da força-tarefa Goiás contra o Aedes que acontece em todo o Estado desde janeiro deste ano. A carreata partiu do quartel do Corpo de Bombeiros da cidade e saiu pelas ruas anunciando a coleta nos bairros.
De acordo com o comandante da operação no município, capitão do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, Wanderly Alves, ao todo serão visitados 10 mil imóveis na segunda etapa da força-tarefa. Os imóveis receberão os agentes de saúde e de combate às endemias, profissionais de saúde, membros do Corpo de Bombeiros e voluntários. O objetivo é vistoriar as residências, retirar lixo e destruir focos do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da zika, dengue e chikungunya.
Para o prefeito de Goiatuba, Fernando Vasconcelos, sem a mobilização de todas as secretarias do município é impossível vencer o mosquito. “Em Goiatuba, designei todos os secretários para apresentarem propostas de ações integradas contra o mosquito. Nossa secretaria de infraestrutura tem um trabalho para retirada de entulho em lotes baldios com multa para quem comete a infração”, explica.
Desde o início da semana, a Patrulha do Desenvolvimento já retirou mais de quatro mil toneladas de lixo da cidade. Foram cedidos para essa operação em Goiatuba cinco caminhões, três pás-carregadeiras, uma moto niveladora e uma retroescavadeira.
Em janeiro, desde a deflagração da força-tarefa em Goiás para erradicar o Aedes do território goiano, Goiatuba teve o quantitativo de sete mil imóveis visitados, com a retirada de focos em 156 imóveis e 923 casas fechadas.
De acordo com o Boletim da Dengue divulgado pela Secretaria da Saúde, foram notificados 43 casos de dengue no município nas primeiras seis semanas de 2016.
Pneus reciclados
O comerciante José Neto de Medeiros atua com desenvolvimento sustentável na reciclagem de pneus na cidade de Goiatuba. Ele desenvolveu uma tecnologia com apoio técnico do departamento de engenharia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), que permite a moedura de pneus velhos e uso na mistura de concreto para construção de casas, asfalto, galpões e outras edificações. Em apenas um galpão de armazenamento de fertilizante, foram utilizados 12 mil pneus. Ele construiu um hotel todo com massa de pneu moída, onde foram usados 55 mil unidades.
As casas residenciais construídas com pneu triturado já têm 18 anos sem apresentar nenhum dano. O estudo da PUC Goiás mostra que esse produto (pneu) quando usado na construção civil permite uma economia de 40% no valor final da alvenaria para edificação. A borracha impede a umidade e protege a área construída contra raios, pela presença da borracha. “Meu sonho é construir escolas com essa tecnologia. O investimento médio para montar uma usina desta no município é de aproximadamente R$ 2 milhões. Existe o investimento, mas a economia é garantida sem prejuízo para o meio ambiente”, diz.