Carro suspeito de ter sido usado no assassinato de Marielle é encontrado em Minas Gerais
Logan de cor prata com placa do Rio de Janeiro foi abandonado na quinta-feira no Bairro Industrial, na cidade de Ubá
Um veículo com as mesmas características do utilizado no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes foi encontrado na cidade de Ubá, em Minas Gerais, após uma denúncia anônima. O Logan de cor prata com placa do Rio de Janeiro foi abandonado na quinta-feira no Bairro Industrial, próximo à ponte interditada na Rua Nossa Senhora Aparecida. Policiais civis e militares de Minas foram até o local na madrugada de domingo. Equipes da Divisão de Homicídios estão seguindo para a cidade mineira.
Ao GLOBO, a Polícia Civil de Minas informou que a delegacia de Ubá logo acionou a Delegacia de Homicídios do Rio — encarregada das investigações do assassinato de Marielle e Anderson. Os policiais de Minas esperam a chegada dos agentes do Rio para iniciar a perícia no Logan. A assessoria de imprensa da Polícia Civil mineira frisou que todo o trabalho será conduzido pela DH do Rio. Caso seja pedido, haverá o apoio de agentes de Minas.
A polícia acredita que pelo menos dois veículos participaram do crime. Imagens de câmeras de segurança do Centro do Rio mostram o carro onde estava a vereadora aparentemente sendo seguido por outros dois veículos de cor prata. O veículo onde estava o atirador é um Cobalt prata, cuja a placa é sabida, mas estava clonada. O outro, um Logan, teria dado cobertura ao crime.
Na sexta-feira, a TV Globo obteve outras imagens que mostram a parlamentar saindo do evento chamado “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, na Rua dos Inválidos, e entrando no carro dirigido por Anderson. Logo após o carro sair, um outro veículo que estava estacionado logo atrás e um terceiro carro de cor prata seguem Marielle.
O Disque Denúncia (2253-1177) já recebeu 27 denúncias até a noite deste sábado, sobre as duas mortes. Algumas apontam possíveis envolvidos no crime e outras detalham informações sobre os carros usados pelos bandidos. Todas as informações recebidas foram encaminhadas para a Divisão de Homicídios da Capital (DH). Policiais da DH estiveram na Câmara Municipal do Rio, onde a parlamentar trabalhava. Entre outras diligências, eles também procuraram imagens de câmeras de segurança da casa legislativa que possam auxiliar na investigação.