CASO VALÉRIO LUIZ

Caso Valério: defesa de Marcus Vinícius alega que ele sempre esteve em posição de vulnerabilidade

O advogado de Marcus Vinícius no caso Valério Luiz, Rogério Rodrigues de Paula, iniciou a…

O advogado de Marcus Vinícius no caso Valério Luiz, Rogério Rodrigues de Paula, iniciou a fala da defesa ao júri por volta das 14h33 desta quarta-feira (9). Ele afirma que seu cliente, desde o início do processo, esteve em posição de vulnerabilidade, sendo pressionado a assumir um crime que não cometeu. Marcus Vinícius foi quem supostamente emprestou a moto, capacete e camisa para Ademá Figueiredo cometer o crime contra o radialista.

“O Marcus Vinícius, antes de entrar no processo, foi tão vulnerável, que um delegado de polícia esteve na delegacia, na calada da noite e pegou um depoimento dele. Marcus Vinícius surge com essa denúncia, com o inquérito já em andamento, é ouvido pela primeira vez. Sozinho. Ele chegou ao absurdo de dizer que ele cometeu o crime”, diz Rogério Rodrigues.

De acordo com o advogado, Marcus Vinícius foi colocado dentro do processo de informante para partícipe. Seria informante de Djalma da Silva. “Falaram que ele era informante. Trabalhador, açougueiro, que trabalhava o dia todo. Inclusive em Portugal é açougueiro. Conversei com ele mais de 15 vezes, e falei: “você tem que falar a verdade”, disse o advogado Rogério.

Rogério Rodrigues diz que sempre orientou Marcus Vinícius a dizer a verdade, mas que o cliente sentia que não tinha nada a perder, pois todo o caso foi ‘muito tumultuado’ devido a pressão da imprensa. O réu teria dito ao advogado que foi torturado fisicamente e psicologicamente e que assumiu o crime que não cometeu porque “se sentiu coagido”.

Advogado de defesa de Marcus Vinícius encerra a fala e diz a jurados que o inquérito foi ‘tumultuado’.

Ao todo, cinco são os acusados pela morte do radialista Valério Luiz: Maurício Sampaio, Ademá Figueiredo Aguiar Filho, Urbano de Carvalho Malta, Djalma Gomes da Silva e Marcus Vinícius Pereira Xavier. Ele foi morto a tiros em 5 de julho de 2012.

O crime teria ocorrido por críticas constantes do jornalista à diretoria do Atlético Goianiense. Sampaio, que era vice-presidente, é acusado de ser o mandante. Ademá seria o executor, conforme a denúncia.