PRIMEIRO DIA

Caso Valério: defesa faz perguntas sobre interferência e delegado se irrita

O júri do caso Valério Luiz, retomado nesta segunda (7), teve como segunda testemunha do…

O júri do caso Valério Luiz, retomado nesta segunda (7), teve como segunda testemunha do dia o delegado Hellynton Carvalho, agora inquirido pela defesa. O jurista Ricardo Naves questionou sobre os dados de sigilos telefônicos enviados à corporação, no que o policial disse depender das informações da operadora.

Segundo ele, estes costumam vir tabulados em planilhas do Excel. O advogado citou ser possível modificar este tipo de arquivo. “Eu nunca manipulei e a política não adultera provas”, foi enérgico.

O advogado também questionou se algum policial sabia onde morava Urbano de Carvalho, acusado de ser “olheiro” da hora que a vítima deixaria a rádio para o executor. A pergunta foi feita, pois Marcus Vinícius sabia o local da residência e o jurista deu a entender ao delegado que algum policial poderia ter informado isso a ele, visto que Urbano disse que não o conhecia.

“Eu tenho fé pública e nunca forjei documentos para colocar palavras na boca de testemunha”, reforçou o delegado após se irritar com o que considerou uma insinuação.

Ao todo, cinco são os acusados pela morte do radialista Valério Luiz: Maurício Sampaio, Ademá Figueiredo Aguiar Filho, Urbano de Carvalho Malta, Djalma Gomes da Silva e Marcus Vinícius Pereira Xavier. Ele foi morto a tiros em 5 de julho de 2012.

O crime teria ocorrido por críticas constantes do jornalista à diretoria do Atlético Goianiense. Sampaio, que era vice-presidente, é acusado de ser o mandante. Ademá seria o executor, conforme a denúncia.

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