Celular é achado em cela de Flordelis, e pastora diz que era para falar com namorado
Agentes da Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária) do Rio de Janeiro acharam um celular…
Agentes da Seap (Secretaria Estadual de Administração Penitenciária) do Rio de Janeiro acharam um celular na cela da ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza, que é ré no caso do assassinato do marido dela, o pastor Anderson do Carmo.
Segundo a pasta, o aparelho foi encontrado no dia 11 de maio, e a pastora admitiu que usava o telefone para conversar com o namorado.
O advogado Rodrigo Faucz, que representa a ex-parlamentar, afirmou que Flordelis usou o aparelho uma única vez e que foi flagrada em uma vistoria logo após o ocorrido. A defesa afirmou ainda que, após o episódio, a pastora passou a ser chantageada e ameaçada por outras detentas.
Flordelis está presa na Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, na zona oeste do Rio. O uso de telefone dentro da cadeia é uma falta disciplinar considerada grave. A punição, nesses casos, chega a envolver o isolamento do preso.
Questionada, a Seap não informou até a tarde desta quinta-feira (13) se foi aplicada qualquer penalidade à presa. A pasta também não respondeu se foi aberto processo para investigar o caso.
A defesa da ex-deputada afirma que o aparelho foi introduzido na cela da pastora e lá ficou por 18 dias, sem que Flordelis o tenha usado, apesar da insistência de outras presas.
“No dia em que Flordelis o usou, por uma única vez, imediatamente ocorreu uma vistoria na cela e esta foi conduzida à presença da diretora da unidade da época, que à noite, sem a presença de advogados, tomou seu depoimento”, diz a nota de Faucz. “A partir daí, esse procedimento passou a ser usado como objeto de chantagens e ameaças, onde a vida e a incolumidade física da pastora e das filhas foram pautadas.”
Flordelis foi presa em agosto de 2021, dias após ter seu mandato cassado pela Câmara. A ex-parlamentar é acusada de ser a mandante da morte do marido. A pastora diz ser inocente e que os promotores que a acusam trabalham para desconstruir sua imagem “como ser humano, como pastora”.
O julgamento da ex-deputada Flordelis foi antecipado para o dia 7 de novembro. O júri estava marcado para começar no dia 12 de dezembro, mas teve a data alterada devido à realização das duas semifinais da Copa do Mundo da Fifa, nos dias 13 e 14.