investigação

Celulares podem ajudar a desvendar morte de pai e filha no Jaó, diz delegado

Nas redes sociais, Arão Ferreira, que mexia com aeromodelismo, demonstrava um grande carinho para com a filha

A Polícia Civil já começou a ouvir familiares e amigos de Arão Ferreira Lima Júnior, de 48 anos, e da filha dele, Júlia Spindola Mariano de Paula Lima, de 13 anos, que foram encontrados mortos no sábado (26/10), dentro da casa onde moravam no Setor Jaó, bairro nobre de Goiânia. A hipótese mais provável até agora é que o empresário tenha se matado após tirar a vida da própria filha.

Em postagens nas redes sociais, Arão Ferreira, que mexia com aeromodelismo, demonstrava um grande carinho para com a filha. Fotos deles em viagens e passeios eram publicadas com mensagens carinhosas.

“Hoje você faz 13 anos, uma filha dedicada e estudiosa que só nos dá alegria. Papai e mamãe te amam muito, feliz aniversário”, escreveu o pai em uma das publicações feitas em seu perfil pessoal, em junho passado.

O tio da adolescente foi quem encontrou pai e filha mortos, com disparos de arma de fogo, na tarde de sábado. A pistola que tirou a vida dos dois foi localizada ao lado do corpo de Arão.

Mãe não estava em casa
Segundo apurado, a arma pertence à esposa do empresário, e mãe da adolescente, que é agente da Polícia Federal. No momento das mortes, ela não estava em casa.

A residência, constataram os peritos que estiveram no local, não teve nenhuma porta arrombada, e não foi remexida, o que reforça a hipótese de homicídio, seguido de suicídio.

O caso está sendo apurado pelo delegado Marcus Cardoso, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH).

Ele espera ouvir familiares e testemunhas, e o resultado da perícia realizada nos celulares de pai e filha para concluir o inquérito, o que deve acontecer até o final da próxima semana.

Há informações, não confirmadas, que Arão teria matado a filha, e depois tirado a própria vida, por não se conformar com o fato da esposa ter pedido a separação do casal.