Chefe de tráfico é preso e Justiça descobre que ele é autor de homicídio em 2014
Polícia descobriu que homem chefiava esquema para refino de cocaína em Aparecida de Goiânia; um dia após prisão dele, Justiça determina prisão por homicídio em Goiânia no ano de 2014
Vinícius do Vale Rocha, de 27 anos, foi preso por uma equipe de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam). Apesar de a polícia fazer a detenção do homem por tráfico de drogas, ele era procurado pela Justiça desde o ano passado, por um homicídio em 2014, na capital. Vinícius é apontado pelos militares como chefe de um laboratório para refino de cocaína e tráfico da droga. A Justiça descobriu sobre a detenção, e mandou que fosse cumprido um mandado.
Vinícius foi preso depois da Rotam chegar até ele em Senador Canedo, porque sabia que na região metropolitana a atuação do criminoso era intensa. Na casa do cunhado dele, Fernando Vieira Gomes dos Santos, no Jardim Hélvécia, em Aparecida de Goiânia, foi encontrado todo o insumo para refino de cocaína, e tráfico dos entorpecentes. Os dois foram presos. Mas a notícia da prisão dele chegou até o Fórum Criminal de Goiânia, que agiu de forma rápida.
PASSADO SUJO
O homem tinha um passado sujo, mas o Banco Nacional de Mandados de Prisão, com sistema atualizado, não apresentou a ordem de detenção expedida no dia 29 de maio de 2017, depois do processo transitado em julgado. Ele já tinha outras passagens por roubo, homicídio e tráfico, conforme processos criminais do Tribunal de Justiça de Goiás.
Vinícius é acusado de, no dia 20 de dezembro de 2014, às 9h50 da manhã, sair pela porta de passageiro de um HB-20 e dar nove tiros contra Henrique Resende de Oliveira, que tinha 23 anos. O crime aconteceu na porta de uma oficina de motocicleta da Rua 258 do Setor Leste Universitário, em Goiânia.
Uma apuração da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH) apontou Vinícius como autor do crime, conforme ficou constatado pelas provas apresentadas. O processo foi julgado pela 2ª Vara de Crime Dolosos Contra a Vida, e o juiz Lourival Machado da Costa determinou a prisão dele, por acreditar na materialidade do crime e da autoria, mesmo após a defesa arguir pela impronúncia.
Segundo os autos, o crime teria sido motivado por uma disputa amorosa. Uma mulher, identificada apenas como Luana, seria o pivô desta confusão. Ela seria ex-namorada de Vinícius, mas após se envolver com Henrique, o autor do assassinato se revoltou e matou o rapaz. Durante o processo, foi informado que Vinícius era conhecido na região leste de Goiânia por ser perigoso e andava armado, por ser filho de policial, mas não ficou comprovado que ele recebia favorecimentos de alguma corporação policial por este motivo.
Durante a investigação, policiais fizeram a prisão de Vinícius dois dias após o homicídio, com uma porção de cocaína, um colete balístico e uma pistola calibre 9mm. No processo judicial, foi solicitado que um exame balístico fosse feito para descartar ou comprovar que se tratava da mesma arma do assassinato de Henrique, mas a pistola sumiu do 8º Distrito Policial no Setor Pedro Ludovico, segundo consta a sentença do juiz Lourival Machado da Costa.