RIO GRANDE DO SUL

Cheia em Porto Alegre se estabiliza, mas deve levar dias para baixar

O sistema antienchente da capital gaúcha está em seu limite e, em alguns pontos, já não contém as águas do rio

(ESTADÃO) A cheia do Rio Guaíba que inunda Porto Alegre ainda deverá levar dias para retornar a patamares seguros. Embora tenha evitado um desastre maior, o sistema antienchente da capital gaúcha está em seu limite e, em alguns pontos, já não contém as águas do rio.

Na cidade, 70% estão sem abastecimento de água devido à paralisação de quatro de suas seis estações de tratamento e há vários pontos de interrupção de energia. O Aeroporto Salgado Filho está fechado, e muitos acessos terrestres estão bloqueados.

Vários bairros foram evacuados, assim como o Hospital Mãe de Deus, na zona sul. Equipes do poder público e voluntários se organizam em barcos e até jet skis para resgates de pessoas ilhadas, muitas sobre telhados. “Estão faltando botes, estão faltando coletes”, disse o prefeito Sebastião Melo (MDB).

O Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) disse que há previsão de “cheia duradoura, com a estabilização dos níveis d’água elevados no Guaíba em torno de 5 m a 5,5 m durante mais de quatro dias”, mesmo que não persistam os temporais. A cota de inundação para o rio é de 3 m. Até este mês, a maior marca era de 4,76 m, na cheia histórica de 1941.