Chuva forte causa quatro mortes em Olinda
Em seis horas, choveu o esperado para todo o mês de maio na capital pernambucana. Equipes de resgate continuam no local
Mais três pessoas morreram por causa de delizamentos causados pela chuva forte que atinge a região metropolitana do Recife. Duas mulheres e uma criança da mesma família ficaram soterradas dentro de casa no bairro de Águas Compridas, em Olinda: Alexandra de Moraes, de 36 anos, Bárbara de Moraes, de 23, e João Victor de Moraes, de 7.
O resgate começou às 7h. Outra casa foi atingida pelo deslizamento e há informação de que mais pessoas ficaram feridas, mas a assessoria de comunicação da Defesa Civil de Olinda ainda não tem a confirmação, pela dificuldade de contato com a equipe que faz o atendimento no local.
Mais cedo, o Corpo de Bombeiros resgatou dos escombros o corpo da primeira vítima, por volta de 5h30 da manhã. Uma menina de 4 anos morreu depois que, segundo a Defesa Civil do Recife, um “puxadinho” de uma casa acima da residência da criança não suportou o volume d’água e desabou. O caso foi registrado no Córrego do Passarinho, na divisa entre Olinda e a capital pernambucana.
Outros transtornos menos graves também foram registrados, como alagamentos em vários pontos da região metropolitana. Muitos órgãos públicos também encerraram suas atividades mais cedo nesta segunda-feira, como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que divulgou nota informando que a suspensão, antes anunciada apenas para o período da manhã, vai se prolongar para todo o dia.
De acordo com a Agência Pernambucana de Águas (Apac), choveu em seis horas mais de 200 milímetros (mm) em Olinda, e a prefeitura do Recife confirma o mesmo volume na capital pernambucana. Esse total é mais da metade do esperado para todo o mês de maio, 358 milímetros.
Abrigos para desalojados
A prefeitura de Olinda recomendou que os moradores de áreas de risco deixem o local. Segundo nota divulgada pela Defesa Civil do município, a Escola Maria da Glória, no Bairro de Guadalupe, foi organizada para receber os desabrigados pelas chuvas.
De acordo com o órgão, todas as equipes da Defesa Civil municipal estão em operação nas áreas de risco da cidade. A concentração maior de ocorrências está nos bairros de Águas Compridas – onde as três pessoas morreram – e Caixa D’Água. Na parte da orla marítima que cedeu, na Avenida Ministro Marcos Freire, as equipes de manutenção isolaram o local e aguardam a maré baixar para começar os reparos.