Chuvas no RS: sobe para 169 o número de mortos pelas enchentes no Sul
Quantidade de desaparecidos caiu para 56 pessoas
Subiu para 169 o número de mortos pela tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul, de acordo com o último boletim da Defesa Civil gaúcha, publicado na manhã deste domingo (26). O número de desaparecidos caiu para 56, dez a menos que o registrado no sábado.
Ainda de acordo com o informe, 2,3 milhões de gaúchos de 469 municípios já foram afetados até agora pela tragédia climática. Há 581 mil pessoas desalojadas e 55 mil em abrigos.
Em todo o estado, há mais de 112 mil pessoas sem energia elétrica. A Corsan, por sua vez, afirma que o sistema de abastecimento de água foi normalizado.
Atualmente, são 67 trechos com bloqueios totais e parciais em 42 rodovias, entre estradas, pontes e balsas.
Lixão em Porto Alegre
As enchentes que atingem Porto Alegre há quase um mês deixaram nas ruas da capital um volume extraordinário de sujeira, transformando áreas públicas em lixões a céu aberto. Pedaços de móveis, eletrodomésticos, restos de comida e toda sorte de objetos destruídos pela tragédia viram “montanhas” nas esquinas, nas frente das casas e do comércio. Na sexta-feira, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) informou que até quinta-feira haviam sido retiradas 7.370 toneladas de resíduos das calçadas. Todo o lixo está sendo encaminhado a um aterro emergencial a 22 quilômetros de Porto Alegre, em funcionamento desde quarta-feira. Especialistas concordam com a destinação diante do cenário de emergência, mas ressaltam a necessidade de transferência dos materiais para local adequado após o auge da crise, sob risco de contaminação do solo e lençol freático.
O departamento de limpeza informa que uma força-tarefa com cerca de 800 garis atua nos serviços de limpeza dos bairros mais afetados pela cheia do Guaíba, conforme as águas vão baixando. Mas com vários pontos da cidade ainda submersos, as equipes só trabalham aonde é possível chegar, como Menino Deus, Cidade Baixa e Centro Histórico. Até sexta-feira, seis bairros permaneciam totalmente inacessíveis. As chuvas de quinta-feira inundaram, inclusive, lugares que não tinham sido alcançados na enchente, como Cavalhada e Restinga.
Enquanto os garis não conseguem dar conta do volume de lixo, a população convive com o mau cheiro, lama e lodo que permeiam tudo o que foi inundado. Em entrevista ao Jornal do Almoço, da RBS TV, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), afirmou que a limpeza da cidade custará no mínimo R$ 100 milhões. O gestor disse também que esse processo “não vai terminar do dia para a noite” e que “não tem como chegar em todas as casas ao mesmo tempo”.
*VIA O GLOBO