Cientista político de Goiás alerta para risco de voto útil decidir eleição em favor de Lula
O cientista político Guilherme Carvalho avalia que o resultado da disputa pela Presidência da República…
O cientista político Guilherme Carvalho avalia que o resultado da disputa pela Presidência da República ainda é uma incógnita. Em sua avaliação, o voto útil (que deu origem, nas redes sociais, ao movimento ‘vira voto’) pode afetar o placar no domingo (2).
“Tivemos algumas decisões importantes semana passada e nesta semana, em termos de indecisos e de alguns ‘vira votos’ que estavam com outros candidatos. Lula chegará ao fim da votação em primeiro lugar. Mas a eleição vai se encerrar no domingo, dia 2? Isso já é uma outra história”, afirmou em entrevista ao Mais Goiás.
Segundo o especialista, a tendência é a de que o que o cenário exposto nas pesquisas se materialize, mas considera que a margem de erro merece atenção.
“Vimos as pesquisas, principalmente o Datafolha, e o Lula fica exatamente na marca do que ele precisaria [para fechar a disputa no primeiro turno]. E isso é muito perigoso. As chances estão muito limitadas e qualquer variável, como o baixo comparecimento na votação de domingo, pode interferir na garantia de uma eleição em primeiro turno”, disse.
Para ele, a possibilidade de segundo turno existe, mas cada vez se torna menor. “Lula conseguiu construir um arco de alianças muito amplo, então, pessoalmente a minha hipótese é de que a eleição se encerra no domingo, dia 2. Mas tem uma margem de erro em que ele pode estar pontuando em 52% e o que o Datafolha cravou em todas as eleições foi exatamente o que aconteceu, isso desde 89. Sempre o candidato pontuando dentro da margem de erro e isso faz total diferença entre ser eleito ou não”, conclui Guilherme.
Pesquisa
Vale citar, que em Goiás, o candidato a reeleição ao Planalto Jair Bolsonaro (PL) teria 54,67% das intenções de voto no primeiro turno, conforme levantamento Goiás Pesquisas/Mais Goiás deste sábado (1º). Já o ex-presidente Lula (PT) marcaria 32,83%, no Estado, se eleição ocorresse nesta data. A senadora Simone Tebet (MDB) vem em seguida, com 4,83%, empatada tecnicamente com o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), 4,33%.
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