Clássicos do cinema embalam abertura do Fica
A Orquestra Sinfônica Jovem apresentou um repertório com temas do cinema mundial. Nos próximos cinco dias, a cidade de Goiás vai presenciar discussões com foco nas formas de utilização da água.
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A 17ª edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, o Fica, foi aberta na noite desta terça-feira, dia 11, com apresentação da Orquestra Sinfônica Jovem de Goiás, no Palácio Conde dos Arcos.
Na presença de autoridades e o público em geral, os músicos apresentaram repertório composto por temas clássicos do cinema mundial, seguido pela participação do cantor Marcelo Barra, que trouxe para a solenidade o seu repertório que exalta a cultura goiana.
Nos próximos cinco dias, a antiga capital do Estado vai presenciar discussões tendo como pano de fundo a questão da água e o seu uso consciente. Escolhido como tema do festival, as formas de utilização da água têm sido preocupação constante ao redor do planeta. Serão oferecidas palestras, mesas-redondas e exibidos filmes que dialogam com o tema e propõem novos olhares sobre um assunto tão preocupante.
Solenidade de abertura
Segundo explica a secretária da Educação, Cultura e Esporte, Raquel Teixeira, nesta edição viu-se a necessidade de se promover um resgate da essência do festival, idealizado a princípio para ser um meio de se debater questões ambientais através do cinema. “Não foi apenas a restrição orçamentária que fez com que os aclamados shows nacionais não fossem contemplados. Vimos diante do público que é referência no cenário audiovisual mundial que precisávamos resgatar as origens do Fica para que ele não perdesse sua essência e passasse a reunir público meramente interessado na programação musical. Hoje ganhamos em qualidade, temos aqui pessoas realmente interessadas nos assuntos que vamos discutir. E ainda abrimos as portas para que os excelentes artistas regionais tivessem um palco a mais para divulgar seus trabalhos”, explicou.
Para a secretária, o gabarito dos especialistas convidados torna o evento ainda mais rico e grandioso. Ao longo dos anos, explica Raquel, o Fica tem servido para formar público e despertar nos presentes o interesse pela realização de filmes e documentários. Diante desse fomento a novos talentos, o Festival se mostra um local importante para contatos, inclusive profissionais. “Teremos a honra de contar com nomes de peso no cenário audiovisual brasileiro como o presidente da Ancine, Manuel Rangel e o presidente da Green Films Network, o português José Vieira Mendes, dentre outros destaques”, pontuou.
O vice-governador José Eliton enalteceu a realização do Festival ao dizer que ele contribui para mostrar o valor cultural de Goiás e sua preocupação ambiental para o mundo. “Temos um evento inteiro voltado para discutir o meio ambiente, novas propostas de inserção e de relação com a natureza. E abrimos esse espaço para que o mundo inteiro possa participar dessa discussão. Hoje, vemos a consolidação do Fica no cenário de festivais cinematográficos, mas, ainda temos a satisfação de ver o nome de Goiás e traços da nossa cultura sendo levados para todo o mundo”, avaliou.
Para a prefeita da cidade de Goiás, Selma Bastos, o Festival é um grande presente para a população local. Durante a sua realização, várias ações educativas e culturais envolvem o público e contribuem para despertar a consciência sobre práticas menos danosas ao meio ambiente. “Ganhamos muito com a realização do Fica. E após a sua realização, sentimos como se a cada edição fosse deixado um legado em seus participantes. A cidade de Goiás tem se transformado positivamente devido a tais ações”, avaliou. A prefeita ainda ressaltou que este ano, a cidade vai ganhar a instalação de 70 novas lixeiras durante o evento.
Representando o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o secretário de Audiovisual, Luís Henrique Sena disse que o Fica permite avanços na sociedade. “As transformações sociais são alicerçadas no tripé educação, cultura e meio ambiente. E esse evento consegue congregar todos esses valores em um só. Esse festival em relação a outros ao redor do mundo, é visto como referência e tem um valor inestimável para o povo goiano e para todos que reconhecem a importância do meio ambiente para a sobrevivência da espécie”, refletiu. (Goiás Agora)