Com 256 mortes em 24 h, 16 estados e DF apresentam tendência de alta
Estado de Goiás é um dos que apresenta tendência de alta, com 31% de aceleração
Nas últimas 24 horas, 256 novas mortes por causa da covid-19 foram registradas no Brasil, atingindo um total de 166.067 óbitos desde o início da pandemia. Dezesseis estados e o Distrito Federal apresentam tendência de aumento na média de mortes diária.
O levantamento foi feito pelo consórcio de veículos de imprensa do qual o UOL faz parte. Em quatro estados, a tendência é de queda na média diária de mortes, e a situação permanece estável em outros seis.
Em todo o país, foram registrados 16.150 novos diagnósticos positivos para a doença de ontem para hoje. Desde o começo da pandemia, 5.876.740 pessoas foram infectadas com o novo coronavírus no Brasil. Na última semana, a média de mortes, por dia, foi de 490.
Dados da Saúde
Segundo dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou 216 novas mortes causadas por covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, houve 166.014 óbitos provocados pela doença.
De ontem para hoje, foram confirmados 13.371 novos diagnósticos positivos, elevando o total de infectados para 5.876.464 desde o começo da pandemia.
O Ministério da Saúde informou que 5.322.406 pessoas se recuperaram da doença, com 388.044 em acompanhamento.
Três regiões têm tendência de aumento
Seguindo os números do consórcio de veículos de imprensa, a média diária de 490 mortes na última semana representa um aumento de 34% na comparação com 14 dias atrás.
Entre as regiões, Centro-Oeste (56%), Sudeste (41%) e Sul (56%) apresentaram aceleração (ou seja, tendência de alta) na média diária de mortes. O Nordeste (-4%) e o Norte (15%) permaneceram estáveis.
Alguns estados com números mais baixos de mortes podem apresentar uma grande variação percentual na média.
Para medir a situação das mortes por causa da covid-19, especialistas indicam usar a média móvel dos óbitos, que calcula a média de registros observada nos últimos sete dias. A operação é a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números ao longo da semana.
O consórcio de veículos de imprensa adotou esse período para verificar as oscilações na média móvel. É possível falar em queda nos números quando a diminuição é maior do que 15% se verificado nos últimos 14 dias —no caso, o período das duas últimas semanas. Caso os números aumentem mais do que 15%, há aceleração da epidemia. Valores intermediários indicam estabilidade.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal:
Região Sudeste
Espírito Santo: aceleração (56%)
Minas Gerais: aceleração (20%)
Rio de Janeiro: estável (10%)
São Paulo: aceleração (79%)
Região Norte
Acre: aceleração (40%)
Amazonas: queda (-42%)
Amapá: aceleração (262%)
Pará: estável (15%)
Rondônia: aceleração (108%)
Roraima: aceleração (600%)
Tocantins: aceleração (109%)
Região Nordeste
Alagoas: queda (-17%)
Bahia: estável (-13%)
Ceará: estável (-14%)
Maranhão: queda (-15%)
Paraíba: estável (4%)
Pernambuco: aceleração (44%)
Piauí: estável (-19%)
Rio Grande do Norte: aceleração (121%)
Sergipe: queda (-59%)
Região Centro-Oeste
Distrito Federal: aceleração (22%)
Goiás: aceleração (31%)
Mato Grosso: aceleração (130%)
Mato Grosso do Sul: aceleração (28%)
Região Sul
Paraná: aceleração (103%)
Rio Grande do Sul: aceleração (37%)
Santa Catarina: aceleração (24%)
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.