Durante semanas, Hillary Clinton se esquivou de perguntas sobre sua saúde, tidas como parte de uma teoria da conspiração, de uma “maluca estratégia” criada pelo rival Donald Trump, que a abraçou como uma ” realidade alternativa”.
Agora, essas questões passam a ser inevitáveis, uma vez que se tornaram realidade com a saída abrupta de Hillary ontem da cerimônia de aniversário dos atentados de 11 de setembro. Um vídeo mostra a candidata democrata cambaleando antes de ser conduzida por três pessoas até um carro.
O dano foi agravado pelas quase oito horas de silêncio por parte de sua equipe, até que ontem à noite veio a informação de que Hillary foi diagnosticada com pneumonia. A viagem de dois dias programada para a Califórnia, assim como eventos de campanha e uma participação no programa de televisão da apresentadora Ellen DeGeneres, foram cancelados.
O médico de Hillary disse que a ex-secretária de Estado dos EUA, de 68 anos de idade, “ficou sobreaquecida e desidratada” durante a cerimônia do 11 de setembro. Segundo a doutora Lisa R. Bardack que atendeu Hillary em sua casa em Nova York, “ela está reidratada e se recupera bem”.
Mas, menos de dois meses antes do dia da eleição, esse foi um episódio problemático para Hillary, que tenta projetar a força e vigor necessários para um dos trabalhos mais exigentes do mundo.
As perguntas de Trump sobre sua resistência física não podem mais ser descartadas. O caso obviamente alimentou as teorias da conspiração. Ambos os candidatos devem ser pressionados a divulgar mais detalhes sobre suas condições de saúde, num momento em que a campanha presidencial nos EUA entra na reta final.