Começa a ação emergencial em Santo Antônio do Descoberto

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) enviou à Santo Antônio do Descoberto – cidade que teve o primeiro caso confirmado de zika vírus em Goiás – 15 especialistas em controle ambiental e vigilância epidemiológica. A missão, que contará com o trabalho do Corpo de Bombeiros, realiza vistorias neste sábado (19/12), em todas as 30 mil residências do município para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, vetor que transmite o zika.

As equipes formam 20 grupos que estão na cidade desde a divulgação do registro de zika no Estado, dia 16. De acordo com o coordenador Ambiental de Vetores da Saúde , Marcello Rosa, a força-tarefa de limpeza tem início nos bairros com maior incidência de casos de dengue. “Haverá limpeza e roçagem de todos os lotes da cidade, para identificar e eliminar os criadouros. Vamos também orientar a população para que adote ações preventivas contra o aedes. Não há previsão de término da missão aqui na cidade até que todos os imóveis sejam vistoriados”, salientou.

Mobilização

Voluntários e técnicos em saúde das cidades próximas a Santo Antônio do Descoberto, como Águas Lindas, Luziânia e Novo Gama – municípios pertencentes à regional de Saúde Entorno Sul – também vão participar da força-tarefa. “Cada equipe terá como líder um militar do Corpo de Bombeiros, um agente de combate à endemias, agentes de Saúde e voluntários”, disse Marcelo Rosa.

“O Corpo de Bombeiros utilizará estratégias militares de abordagem para entrada e ação nas casas. Nós fizemos, também, chamamentos nas rádios da cidade para convidar voluntários”, reforça o Coronel Múcio Ferreira dos Santos, comandante de Apoio Logístico do Corpo de Bombeiros. Ele lembra que essa ação será realizada em todo o Estado de Goiás até o dia 31 de janeiro. Serão vistoriados mais de três milhões de imóveis em todo Estado.

Bloqueio sanitário

Nesta sexta (18), o secretário de Saúde, Leonardo Vilela, havia informado que Santo Antônio do Descoberto passaria por um processo de bloqueio sanitário. “Esse bloqueio é um procedimento padrão que consiste na identificação e eliminação do foco com a pulverização para matar o mosquito, num raio de 150 metros”, explicou.

Segundo ele, também está sendo realizado o trabalho de conscientização com os moradores da região para o combate ao Aedes aegypti, que é o transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

O primeiro caso de zika em Goiás foi confirmado nesta quarta (16/12). O exame foi feito em uma mulher de 22 anos, com 14 semanas de gestação. A identidade dela não foi divulgada.