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A Assembleia Legislativa (Alego) decidiu recomendar a demissão do padre Luiz Augusto, suspeito de ser funcionário fantasma da Casa. A decisão foi tomada pela comissão responsável pelo Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que avaliava o caso e prevê também a cobrança dos valores recebidos indevidamente.
O documento foi entregue na tarde desta sexta-feira (17/07) ao presidente da Alego, deputado Hélio de Sousa (DEM). Ele afirmou que vai acatar na íntegra o parecer da comissão responsável pelo Processo Administrativo Disciplinar contra o padre Luiz Augusto.
Caberá agora ao servidor, conforme a Resolução nº 1073, que trata do quadro de carreira dos efetivos, apresentar recurso no prazo de até 120 dias.
Segundo denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Padre Luiz foi admitido em 1980 na Assembleia Legislativa e teria recebido até agora, R$ 3 milhões sem prestar os serviços pelos quais foi contratado. Porém, o montante a ser devolvido, segundo o MP, pode aumentar por conta de juros e multas.
O juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Eduardo Tavares dos Reis, determinou o bloqueio dos bens no valor de quase R$ 12,5 milhões do padre. Quando foi ordenado como sacerdote, em 1995, deixou de cumprir suas funções no poder público, mas continuou recebendo o salário, que atualmente é de R$ 11,8 mil bruto.