Complexo deve produzir 120 milhões de vacinas por ano, diz ministério
Obra no Rio está em fase final de modelagem para construção
O Ministério da Saúde está em fase final de modelagem para a construção do Complexo de Biotecnologia em Saúde (CIBS), em Santa Cruz, na zona oeste do Rio, para a produção de vacinas. De acordo com a pasta, a capacidade de produção será de 120 milhões de frascos por ano, podendo chegar a 1 bilhão de doses anuais. O modelo público-privado deverá investir R$ 3 bilhões na construção do CIBS.
Segundo o ministro Luiz Henrique Mandetta, o projeto foi incluído no Plano Plurianual de Investimentos da pasta. Ele espera que até o final do ano tenha a conclusão da análise. “É um investimento muito grande, muito robusto que colocaria o Brasil como um dos principais players da produção de imunobiológicos”, disse.
Mandetta disse que a produção seria em uma plataforma múltipla que poderia ser adaptada para produzir uma série de vacinas de acordo com a necessidade. “É uma tecnologia de última geração que inclusive daria condições para o Brasil fazer resposta rápida”, disse.
O ministro disse que quando houve o surto da gripe do tipo H1N1, não havia vacina suficiente para atender a demanda do Brasil, o que só foi obtido após o aumento da produção. “A gente precisa até por uma questão de soberania. Nós precisamos ser detentores dessa força-tarefa reposta. A gente sabe que é só uma questão de tempo que vai ter outro surgimento de vírus extremamente agressivo para a espécie humana”, disse.
O diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma estimou que depois da definição da modelagem, a construção do complexo deve demorar três anos e a produção deve começar em 2024.