Condenado que cumpre pena na POG lidera quadrilha do “bença tia”
Um homem que já tem 14 condenações, e atualmente cumpre pena na Penitenciária Coronel Odenir…
Um homem que já tem 14 condenações, e atualmente cumpre pena na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG) em Aparecida de Goiânia, segundo a polícia, é quem lidera uma quadrilha responsável por aplicar um golpe conhecido como “bença tia” em Goiás, Ceará, São Paulo, Paraíba, Pernambuco e no Pará. Além de identificar ele e outros três condenados que também estão encarcerados, a polícia prendeu 14 suspeitos de integrar o bando que teria faturado, em apenas um ano, mais de R$ 50 mil com o golpe.
O líder da quadrilha, segundo a Delegada Mayana Rezende, chefe do grupo que investiga fraudes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), é Alair Carvalho de Oliveira. Além de contar com a ajuda de outros três presos que também estão recolhidos na POG, Alair designou a seu irmão Alexandre Carvalho de Oliveira Lopes, a função de contratar pessoas que pudessem emprestar suas contas a fim de que os depósitos fossem efetuados.
“A ideia e execução do golpe saía de dentro da cadeia, era o próprio Alair e outros três presos quem ligavam para as vítimas, e aqui do lado de fora parentes de detentos e outras pessoas recebiam de R$ 150 a R$ 450 para emprestar as contas onde os depósitos seriam efetuados”, destacou Mayana Rezende.
Após uma investigação que durou um ano, a Deic prendeu em Goiânia, Trindade e Inhumas 14 pessoas acusadas de integrar a quadrilha, entre elas Alexandre Carvalho e quatro mulheres. Alair e outros três presos que se encontram na POG também tiveram novas prisões preventivas decretadas.
Um outro suspeito de pertencer à quadrilha encontra-se foragido. Todos responderão por estelionato e Associação Criminosa.
“Com um cuidado simples a pessoa evita cair nesse golpe, que é antigo, mas ainda faz muitas vítimas. Basta que, ao atender a ligação de um suposto sobrinho, a pessoa diga que não tem dinheiro no momento, que vai desligar e retornará em breve. Fazendo isso ela pode então ligar para esse sobrinho ou outro parente e certificar se realmente foi ele quem ligou”, alertou a delegada.