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Confiança dos brasileiros em urnas eletrônicas cai de 82% para 73%, diz Datafolha

A confiança do brasileiro nas urnas eletrônicas caiu desde março, segundo levantamento do Datafolha, mas ainda é…

confiança do brasileiro nas urnas eletrônicas caiu desde março, segundo levantamento do Datafolha, mas ainda é majoritária na população.

No total, 73% responderam que confiam no sistema usado nas eleições, enquanto 24% afirmam não confiar e outros 2% não sabem.

Dentre aqueles que confiam nas urnas, 42% dizem confiar muito e 31% confiam um pouco.

Em março, o índice de confiança era maior –de 82%, enquanto 17% afirmavam não confiar no sistema. Já em relação a dezembro de 2020, a confiança nas urnas subiu: era de 69%, contra 29% que não confiavam.

As urnas eletrônicas estão sob constante ataque do presidente Jair Bolsonaro (PL), apesar de especialistas e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) atestarem a segurança do voto eletrônico no Brasil. Bolsonaro, por exemplo, nunca apresentou nenhum indício de fraude nas eleições.

Em entrevista nesta quinta-feira (26), Bolsonaro foi questionado se pode se comprometer a aceitar o resultado das urnas eletrônicas independentemente de quem vença, mesmo que não seja reeleito, mas não respondeu. Disse apenas: “Democraticamente, eu espero eleições limpas”.

Ministros do TSE e do STF (Supremo Tribunal Federal) deram respostas duras às ilações do chefe do Executivo. No último dia 12, o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, afirmou que quem coloca dúvidas sobre o processo eleitoral “não confia na democracia” e que quem trata de eleição são forças desarmadas.

Eleitores do ex-presidente Lula (PT) confiam mais nas urnas –54% dizem confiar muito, 29% afirmam confiar pouco e 16% declararam não confiar.

Já os que declaram voto em Bolsonaro se dividem em 20% que confiam muito, 38% que confiam pouco e 40% que não confiam.

O índice daqueles que confiam muito nas urnas, que é de 42% na média, cai para 38% entre as mulheres e para 31% entre jovens de 16 a 24 anos. Na faixa dos jovens, 47% dizem confiar um pouco, enquanto essa taxa é de 31% na média.

Já entre quem tem mais de 60 anos –eleitores que conviveram com o voto impresso— são 50% os que confiam muito nas urnas eletrônicas. A taxa de muita confiança também sobe para 54% entre aqueles que cursaram ensino superior.

Não confiam nas urnas 34% dos eleitores que ganham mais de dez salários-mínimos. O índice é de 24% na população geral.

Os evangélicos estão divididos da seguinte forma: os que confiam muito nas urnas são 32%, confiam pouco, 35%, e não confiam, 31%.

Datafolha ouviu 2.556 pessoas presencialmente em 181 cidades do país nesta quarta (25) e quinta (26). A pesquisa, contratada pela Folha, tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e está registrada no TSE com o número BR-05166/2022.