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A confirmação do primeiro caso autóctone de zika em Goiás levou à aplicação de medidas de bloqueio sanitário em Santo Antônio do Descoberto, município onde a doença foi detectada. “Esse bloqueio é um procedimento padrão que consiste na identificação e eliminação do foco com a pulverização para matar o mosquito, num raio de 150 metros”, explicou o secretário de Saúde do Estado, Leonardo Vilela.
Segundo ele, também está sendo realizado o trabalho de conscientização com os moradores da região para o combate ao Aedes aegypti, que é o transmissor da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.
O primeiro caso de zika em Goiás foi confirmado nesta quarta (16/12). O exame foi feito em uma mulher de 22 anos, com 14 semanas de gestação. A identidade dela não foi divulgada.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO), a notificação ocorreu através da Secretaria de Saúde do DF, onde a mulher foi atendida e fez exames. Após diagnóstico confirmado pelo Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF), a SES-GO foi informada do caso.
Vilela afirmou que a gestante tem a opção de ser acompanhada no Distrito Federal ou em Goiás. Segundo ele, caso opte pelo acompanhamento no Estado, a paciente terá toda assistência e pré-natal no Hospital Materno Infantil (HMI).
Para o secretário da Saúde, a confirmação do caso reforça a importância das ações de combate ao Aedes aegypti e prevenção em especial por parte das gestantes. “É importante o uso de repelentes, mas não só isso. A mulher grávida precisa garantir que não haja foco do mosquito na sua casa. É preciso conscientizar os vizinhos; usar telas protetoras nas janelas; usar roupas longas que protejam os braços e pernas; e proteger também os pés.”
Sobre a distribuição gratuita de repelentes para gestantes anunciada pelo Ministério da Saúde, o secretário disse que é provável que os produtos sejam disponibilizados nas unidades de Saúde a partir de janeiro.