Guerra de facções

Confronto entre facções fecha vias e causa mortes na Grande Florianópolis

Veículos incendiados e barricadas de entulho bloqueiam estradas em meio a uma onda de violência causada por facções criminosas na Grande Florianópolis

Barricadas em chamas bloqueiam vias em várias cidades da Grande Florianópolis, incluindo veículos incendiados, durante confronto entre facções criminosas (Foto: reprodução)

Um confronto entre facções criminosas resultou em incêndios, bloqueios de estradas em ao menos 17 pontos, além de mortes na Grande Florianópolis. A Polícia Civil de Santa Catarina ativou um gabinete de crise para tentar conter as ações violentas que se espalharam pela cidade. O governo estadual acredita que o conflito, iniciado na tarde deste sábado (19/10), esteja ligado a uma disputa territorial. Segundo a Polícia Militar, o embate deixou mortos e feridos, além de várias prisões.

De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SES), as forças de segurança estão totalmente mobilizadas para enfrentar os incidentes. Testemunhas locais relataram focos de incêndio em veículos, ônibus e lixo bloqueando avenidas e rodovias em municípios como Tijucas, Palhoça, Florianópolis e São José. Esses ataques ocorrem justamente no dia em que acontece o show de Paul McCartney no estádio da Ressacada, em Florianópolis, o que aumenta a preocupação com a segurança.

Carros foram incendiados e barricadas feitas com entulho e pneus foram montadas nas estradas que cercam a capital catarinense. O policiamento foi reforçado nas áreas de maior risco, com o apoio da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar. Desde o início dos ataques, diversas operações foram deflagradas para conter os atos criminosos.

O gabinete de crise da Polícia Civil reúne várias unidades especializadas neste momento para controlar os ataques que se espalharam pela cidade e avançam para o inicio da noite deste sábado. As autoridades continuam monitorando a situação, enquanto a Polícia Militar trabalha para confirmar o número de presos, feridos e mortos.

Uma testemunha local relatou que, ao que tudo indicava, o grupo PGC tentou tomar o território controlado pelo PCC, o que desencadeou uma verdadeira guerra. A polícia, segundo ele, iniciou uma grande operação, instaurando uma espécie de estado de alerta em várias regiões. O caos aumentou com tiros, incêndios e mortes; carros foram atingidos, pessoas baleadas, e algumas perderam a vida.