Contador é morto a tiros mesmo após entregar objetos a ladrão
A vítima foi ferida no pescoço e no tórax. Sousa foi socorrido e encaminhado até o Hospital Heliópolis, onde acabou morrendo
O contador José Horley de Sousa, 36 anos, morreu após ser baleado durante assalto na última quarta-feira (29), no Sacomã (zona sul da capital paulista). A vítima recebeu ao menos quatro tiros, mesmo após entregar os objetos pessoais ao criminoso. Ninguém foi preso.
Imagens de uma câmera de monitoramento mostram o momento em que o ladrão, em uma moto, sobe na calçada e se aproxima do carro de Sousa, um Chevrolet Cruze, que estava estacionado. É possível ver o suspeito sacando o revólver e apontando em direção à vítima, que abre a porta do veículo.
Segundo o vídeo, Sousa retira o relógio do pulso e o entrega, juntamente com sua carteira, ao ladrão. O suspeito guarda os pertences, atira no contador ao menos quatro vezes e foge em alta velocidade. A ação durou menos de 30 segundos.
A todo momento, o contador mantém as mãos à vista e, aparentemente, não esboça nenhuma tentativa de reação.
Policiais militares chegaram ao local pouco depois e encontraram Sousa ainda vivo. Segundo os PMs relataram no boletim de ocorrência, o contador falava: “eu vou morrer, eu vou morrer”. A vítima foi ferida no pescoço e no tórax. Sousa foi socorrido e encaminhado até o Hospital Heliópolis, onde acabou morrendo.
Segundo a polícia, o criminoso roubou o relógio e a carteira do contador. Dentro do carro da vítima, ainda segundo o boletim de ocorrência, foi encontrado um formulário de transação bancária, no qual constava a movimentação de R$ 50 mil em espécie.
Latrocínios
Este é o primeiro latrocínio (roubo com morte) registrado no 95º DP (Heliópolis) neste ano. No ano passado, somente um crime do tipo também foi encaminhado à delegacia, em janeiro, segundo dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública), gestão João Doria (PSDB).
Entre janeiro e junho desde ano, ainda segundo a pasta, 95 pessoas morreram vítimas de latrocínio no estado de São Paulo. Isso corresponde a um caso a cada dois dias, considerando o período. Em 2019 foram 91 mortes em assalto no estado.