O grupo especializado em roubos a banco e a tropa de elite da Polícia Civil, além do Grupamento de Radiopatrulha Aérea (Graer) da Polícia Militar, continuam em busca de informações sobre os autores da explosão de uma agência bancária, ocorrido em Mara Rosa, cidade a 437 quilômetros de Goiânia. Na noite deste domingo (13/3), cerca de 20 homens fortemente armados destruíram a unidade do Banco do Brasil, fazendo reféns e espalhando o terror na cidade.
De acordo com o delegado e assessor da Polícia Civil, Gylson Ferreira, os crimes em Mara Rosa aconteceram por volta de 22h, quando os suspeitos com armamento pesado entraram na cidade numa Chevrolet Blazzer e várias motocicletas. Primeiro dispararam várias vezes contra o quartel da Polícia Militar, depois contra as residências de policiais, no intuito de intimidá-los.
Além dos reféns e da explosão ao BB, os suspeitos tentaram explodir a agência da Caixa Econômica Federal (CEF) e depois fugiram. Após a ação, o grupo fugiu levando reféns. Um dos veículos utilizados nos crimes, um Fiat Strada, e uma Hilux, tomada de assalto durante a ação criminosa, foram encontrados na estrada que dá acesso para os municípios de Amaro Leite e Porangatu.
Por volta de 5h, o vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, José Eliton, o delegado-geral da Polícia Civil, Álvaro Cássio dos Santos, e o comandante-geral da Polícia Militar, Divino Alves de Oliveira, chegaram a embarcar rumo à Mara Rosa, no entanto, a forte chuva impediu que continuassem o voo.
Já se encontram naquela cidade, equipes do Grupo Antirroubo a Banco (GAB) da Delegacia de Investigação Criminal (Deic); do Grupo Tático (GT3), a tropa de elite da Polícia Civil; além do Grupamento de Radiopatrulha Aérea (Graer) da Polícia Militar.
“Novo cangaço”
Os reféns foram liberados na saída da cidade. A forma de agir da quadrilha é a mesma do grupo conhecido como ‘Novo Cangaço’, que vem assombrando cidades do interior de vários estados brasileiros. Em Goiás, Alto Horizonte e São Miguel do Araguaia também já foram vítimas de quadrilhas de assalto a banco que espalharam o medo entre os moradores.
De acordo com o delegado Gylson Pereira, esse é um crime especializado, com uso de explosivos e material bélico, normalmente realizado por grupos criminosos altamente organizados.
As investigações que estão sendo feitas na cidade pelos serviços especializados das polícias Civil e Militar, com o suporte da Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSAP-GO), deverão contribuir para a identificação dos autores em breve.