Caso Marielle

Contradições em confissões marcam início do julgamento do caso Marielle

Marielle Franco e seu motorista foram assassinados em março de 2018 em um ataque a tiros no Rio de Janeiro

O julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz pela morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018, começa nesta quarta-feira (30/10). Embora Lessa e Queiroz tenham confessado sua participação no crime, eles negam a acusação de serem assassinos de aluguel, como afirmado pela Polícia Federal. As contradições em seus depoimentos tornam-se um ponto crucial que a defesa explora para contestar as acusações.

O júri está previsto para durar dois dias e contará com o testemunho dos réus, que serão ouvidos por videoconferência a partir das prisões onde estão detidos, e será transmitido ao vivo pelo canal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, no Youtube. Ambos respondem por duplo homicídio triplamente qualificado, caracterizado por motivos torpes, emboscada e pela utilização de um recurso que dificultou a defesa das vítimas. Além disso, eles também enfrentam a acusação de tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora de Marielle, que sobreviveu ao ataque.

Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados em 14 de março de 2018, na zona central do Rio de Janeiro. Marielle foi atingida por quatro tiros na cabeça, enquanto Anderson recebeu três disparos nas costas. Os autores do crime fugiram sem levar pertences das vítimas, o que levanta questões sobre a motivação do assassinato.

O caso de Marielle Franco gerou protestos e exigiu justiça da sociedade civil e de movimentos sociais. De acordo com irmã da vereadora, a Ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, o julgamento dos ex-PMs marca um momento na busca por respostas e pela responsabilização dos envolvidos no crime.