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Neste domingo (12/04), vários brasileiros planejam ir às ruas mais uma vez com a intenção de protestar contra o governo de Dilma Rousseff e contra a corrupção no País. No entanto, ao contrário do que aconteceu nas vésperas do dia 15 de março, a convocação para os protestos do dia 12 é feita de uma maneira mais “profissional” e menos “impulsiva”.
É evidente que os grupos responsáveis pela organização dos atos mudaram a forma de atuar, principalmente nas redes sociais.
O que antes era divulgado por meio do famoso “boca a boca” no Facebook, correntes pelo Whatsapp e hashtags especiais no Twitter, hoje se transformou em pauta de Fanpages que possuem uma espécie de direção de arte, logomarcas específicas, um conhecimento técnico de marketing – publicando posts em horários de maior audiência – e parceiros ou sedes em diferentes Estados da federação.
O Vem Pra Rua Brasil, o grupo Revoltados Online e o Movimento Brasil Livre (MBL) são os principais envolvidos na divulgação das manifestações. Há ainda um grupo no Whatsapp criado pelo Vem Pra Rua Brasil.
A maior diferença entre as vésperas do dia 15 de março e as últimas semanas, que antecedem o próximo chamado “grande ato”, é o fato de que as pessoas físicas passaram a ser consumidores dos discursos de tais grupos, ao invés de construidores e “compartilhadores” de seus próprios discursos.
Assim, cresce a impressão de que os grupos dialogam com pessoas e que as pessoas deixaram de dialogar entre elas – com a mesma intensidade que acontecia nas vésperas do dia 15 de março. Como consequência, os discursos estão menos agressivos nas redes sociais, mas, ao mesmo tempo, há menos vozes e menos variedade de argumentos para protestar.
Se o dia 12 de abril “será maior ainda” como alguns movimentos prometem. Isso não dá para ter certeza antes da data. Mas é possível prever que será diferente, seja em questão de número de pessoas ou na questão do foco e da organização dos atos em todo o Brasil. (Com o Terra)