ESTUDO

Cor da roupa pode atrair ou repelir mosquito da dengue; entenda e veja quais evitar

O Brasil vive uma explosão de casos de dengue em 2024, com quase 4 milhões de casos prováveis

(FOLHAPRESS) A cor da roupa que você usa pode ajudar, ou não, na proteção contra o mosquito que transmite a dengue. A descoberta foi feita por cientistas da Universidade de Washington —e um artigo sobre o tema foi publicado em 2022 pela Nature Communications.

O Brasil vive uma explosão de casos de dengue em 2024, com quase 4 milhões de casos prováveis.

Cheiro atrai mosquitos. O estudo indica que, após detectar um gás que exalamos, o mosquito voa em direção a algumas cores específicas. É o caso do vermelho, laranja, preto e ciano. Cores como verde, roxo e branco tendem a ser ignoradas pelos insetos.

Pele humana também emite sinal colorido atrativo. A pele humana, independentemente da pigmentação, emite um “sinal” vermelho-alaranjado para os mosquitos, de acordo com os pesquisadores.

“Quando eles [mosquitos] cheiram compostos específicos, como o gás carbônico (CO2) da nossa respiração, esse cheiro estimula os olhos a procurar cores específicas e outros padrões visuais, que estão associados a um hospedeiro em potencial, e se dirigem a eles”, disse Jeffrey Riffell, professor da Universidade de Washington

Estratégia para encontrar hospedeiros. Essas descobertas ajudam os cientistas a explicarem como os mosquitos encontram hospedeiros. E saber quais cores os atraem e quais não pode ajudar a projetar melhores repelentes, armadilhas e outros métodos para mantê-los afastados.

Como foi o experimento

Diferentes estímulos visuais e olfativos. Os experimentos foram realizados com mosquitos fêmeas Aedes aegypti — capazes de transmitir dengue, febre amarela, chikungunya e zika. A escolha ocorreu porque apenas as fêmeas sugam o sangue e transmitem a dengue. Elas foram expostas a diferentes tipos de estímulos visuais e olfativos.

Rastreio individual. Os mosquitos foram rastreados individualmente em câmaras de teste em miniatura. Odores específicos eram pulverizados nesses locais, além de apresentarem diferentes tipos de padrões visuais como um ponto colorido ou uma mão humana.