Coreia do Sul terá sistema de defesa antimíssil
Instalação do sistema na península coreana causou preocupação na Coreia do Norte, Rússia e China
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul chegaram a acordo sobre a implantação do sistema de defesa antimíssil THAAD (Defesa Territorial de Altitude Alta, em inglês) no país, informou nesta sexta-feira (08/07) o Ministério da Defesa Nacional coreano.
As cidades de Daegu e Pyeongtaek, do norte do país, foram consideradas como possíveis locais de instalação do sistema antimíssil.
“A Coreia do Sul e os Estados Unidos tomaram a decisão conjunta de instalar o sistema THAAD – com a força norte-americana aquartelada na Coreia – como parte de uma ação defensiva para garantir a segurança da República da Coreia e do nosso povo contra as armas nucleares da Coreia do Norte, armas de destruição em massa e mísseis balísticos”, anunciou a agência de notícias Yonhap, citando o comunicado de imprensa do Ministério da Defesa da Coreia do Sul.
As negociações dos Estados Unidos com a Coreia do Sul sobre o sistema THAAD duraram vários meses, tendo começado após o teste da bomba de hidrogênio e lançamento de um satélite em fevereiro pela Coréia do Norte, que violou as resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas e provocou a condenação da comunidade internacional em ambos os casos.
Sistema antimíssil
O sistema THAAD é projetado para interceptar mísseis balísticos de curto alcance (até 1.000 km), médio alcance (1.000-3.000 km) e alcance intermediário (3.000-5.500 km) na fase de voo mais próxima do alvo. A instalação do sistema na península coreana causou preocupação na Coreia do Norte, Rússia e China. O Ministério chinês das Relações Exteriores divulgou um comunicado em que expressa uma posição:
“Os Estados Unidos e a República da Coreia, ignorando a posição clara de outros países interessados, incluindo a China, anunciaram a instalação do sistema antimíssil norte-americano THAAD na Coreia do Sul. O lado chinês manifesta a sua extrema insatisfação e forte protesto a este respeito”.
O ministério acrescentou que a decisão não vai ajudar a desnuclearizar a península ou trazer a paz à região, tendo apelado a Washington e Seul para cancelar a implantação.