Correios diz que greve deve acabar na próxima semana e trabalhadores goianos falam em tempo indeterminado
Na última sexta-feira (13), os trabalhadores dos Correios em Goiás decidiram manter a greve por tempo…
Na última sexta-feira (13), os trabalhadores dos Correios em Goiás decidiram manter a greve por tempo indeterminado. Contudo, a empresa informa que o acordo do Tribunal Superior do Trabalho (TST) foi aceito e, por isso, as paralisações devem ser encerradas até as 22h da próxima terça-feira (17). Para o mesmo dia já está prevista uma nova assembleia geral da categoria.
Segundo a empresa, caso a greve seja encerrada no prazo determinado, as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019 serão mantidas. Bem como a vigência do plano de saúde. O julgamento do dissídio coletivo pelo TST está previso para acontecer até o dia 2 de outubro.
“A empresa reitera que o retorno de todos os empregados é condição essencial para aceitar a proposta do ministro, que fixou, por meio de decisão liminar, o contingente mínimo de 70% do efetivo durante a greve, com multa diária de R$50 mil, caso o percentual não seja atendido”, diz a nota oficial.
O TST deferiu parcialmente a liminar em que a empresa propunha manter, no mínimo, 90% das atividades. A determinação é de que, durante a greve, 70% dos empregados e dos serviços estejam em atividade. Caso a decisão seja descumprida, a multa diária é de R$ 50 mil.
Os funcionários reivindicam reajuste salarial com reposição da inflação do período (3,25%). Além disso, pedem pela manutenção dos direitos e benefícios já garantidos em acordos passados.
Ao Mais Goiás, secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos em Goiás (Sintect-Go), Elizeu Pereira da Silva, foram 70 dias de negociação com a empresa. “Além disso tem a questão da privatização, que o presidente já falou reiteradas vezes a respeito, sem discutir critérios técnicos e os números da empresa, se são positivos ou negativos”, diz.
Além da capital, outras 15 cidades do estado também aderiram à greve. Dentre elas estão Jataí, Caldas Novas e Itumbiara. Sindicato aponta cerca de 700 funcionários estão paralisados. “Esse cenário nos levou à greve, que está fortíssima e é a maior da história do Estado de Goiás, considerando a adesão do pessoal do interior”, finaliza.