Covid: UBS na Paraíba vacinou crianças com doses vencidas e destinadas a adultos

Mães de cerca de 60 crianças de Lucena, na Paraíba, denunciam que os filhos foram vacinadas contra Covid de forma inadequada, com doses vencidas e destinadas a adultos. A imunização ocorreu na última semana, sete dias antes da chegada do imunizante com a dosagem adequada para crianças. Mulheres relatam que filhos tiveram reações, como febre alta, vômito e sintomas gripais. O Ministério Público Federal investiga o caso.

Nas redes sociais, a mãe de dois meninos, ambos com menos de 10 anos, disse que os filhos foram vacinados com o imunizante da Pfizer, no último dia 7 de janeiro. Nesta data, o país ainda não tinha recebido os lotes destinados à imunização de crianças de 5 a 11 anos. A Paraíba só recebeu as doses da Pfizer para crianças nesta sexta-feira (14).

De acordo com as denunciantes, foi a partir da chegada destas vacinas que as mães descobriram a irregularidade. Segundo as mulheres, as crianças estão sendo vacinadas desde dezembro de 2021 na UBS da comunidade.

Crianças têm reações após vacinação com doses vencidas e destinadas a adultos na Paraíba

Conforme relata a agricultora Maria das Neves, após receber a vacina, o filho de 10 anos apresentou sintomas gripais. “Também passou quatro disas com o braço sem poder mexer”, disse.

Outra denunciante identificada como Janete Quirino conta que a filha tinha 9 anos quando foi vacinada contra a Covid. Uma semana depois, ela começou a apresentar sintomas gripais, com febre alta e vômito.

O que diz a prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Lucena diz que uma auxiliar aplicou as doses indevidamente e sem autorização. A gestão afirma que colocou acompanhamento médico à disposição das famílias e que monitora as crianças imunizadas. O Ministério da Saúde informou que também faz o acompanhamento dos casos e recomendou cautela na aplicação das doses.

O MPF intimou a mãe e a responsável pela Unidade Básica de Saúde Estiva para prestar esclarecimentos na segunda-feira (17). Na terça-feira (18) o gestor de saúde da cidade deve ser ouvido.

Da Redação, com informações do G1 | Foto: reprodução/redes sociais