CPI da Covid: Relatório final é aprovado com 80 pedidos de punição

O relatório final da CPI da Covid-19 apresentado por Renan Calheiros (MDB-AL), foi aprovado com 80 pedidos de punição. Os senadores acataram o documento por  7 votos a 4 na noite desta terça-feira (26). As informações são do Metrópoles.

Os alvos são 78 pessoas e duas empresas. Entre as autoridades acusadas estão o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os filhos Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro.

Discussão em relação aos pedidos de punição

O documento inicial continha 78 indiciamentos. Porém, no início da sessão, o relator Renan Calheiros acatou uma demanda do senador Eduardo Braga (MDB-AM), e incluiu o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e o ex-secretário estadual de Saúde Marcellus Campêlo.

Mas, no decorrer da discussão, o nome do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS), defensor da cloroquina, também foi acrescentado, após pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) por causa da defesa do governista ao tratamento sem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19. Mais tarde, Vieira pediu que Heinze fosse retirado da lista de indiciados por receio de trazer prejuízo à CPI o que também foi acatado.

CPI da Covid: Suspensão, banimento e retratação

A CPI da Covid-19 pediu a suspensão ou banimento do presidente nas redes sociais e a retratação, sob pena de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento. Foi solicitada ainda quebra de sigilo do chefe do Executivo e o envio dos dados ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news.

O relatório final será entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta quarta-feira (27).

Veja como votaram os parlamentares na CPI da Covid

• A favor do relatório

– Eduardo Braga (MDB-AM)

– Humberto Costa (PT-PE)

– Omar Aziz (PSD-AM)

– Otto Alencar (PSD-BA)

– Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

– Renan Calheiros (MDB-AL)

– Tasso Jereissati (PSDB-CE)

• Contra o relatório

– Eduardo Girão (Podemos-CE)

– Jorginho Mello (PL-SC)

– Luis Carlos Heinze (PP-RS)

– Marcos Rogério (DEM-RO)