Impeachment

Cunha critica Waldir Maranhão: ‘Decisão absurda e irresponsável’

Afastado da presidência da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha criticou a decisão de seu sucessor,…

Afastado da presidência da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha criticou a decisão de seu sucessor, Waldir Maranhão (PP-MA), de acatar recurso do governo e anular a aprovação do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Para Cunha, a iniciativa de Maranhão é “absurda, irresponsável, antirregimental e feita à revelia do corpo técnico da Casa”.

No texto, Cunha afirma que a opção da área técnica da Câmara por negar o recurso proposto pela AGU (Advocacia-Geral da União) seria tornada pública na quinta-feira (5), o que não foi feito porque neste dia foi decretado o seu afastamento.

Cunha afirma ainda que a “participação do AGU, José Eduardo Cardozo, e do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), na confecção da decisão mostra a interferência indevida na tentativa desesperada de evitar a consumação, pelo STF, da instauração do impeachment da presidente”.

Cunha diz ainda que “condena as insinuações de qualquer natureza” de que haja “qualquer participação” dele no episódio que resultou na decisão de Maranhão. Cunha esteve com o presidente interino da Câmara na última sexta (6), após o seu afastamento.

Leia a íntegra:

“A decisão do Presidente em exercício da Câmara dos Deputados é absurda, irresponsável, antirregimental e feita à revelia do corpo técnico da Casa, que já tinha manifestado a posição de negar conhecimento ao recurso (cópia em anexo), cuja assinatura eu iria apor na quinta-feira (05-05), data do meu afastamento.

A participação do Advogado Geral da União e do Governador do Maranhão na confecção da decisão mostra a interferência indevida na tentativa desesperada de evitar a consumação, pelo Supremo Tribunal Federal, da instauração do processo de impeachment da Presidente da República.

Condeno as insinuações de qualquer natureza publicadas por jornalistas inescrupulosos de qualquer participação minha no episódio.

EDUARDO CUNHA
Brasília, 09 de maio de 2016″