FERIU CÓDIGO DE ÉTICA

Cúpula do PL sugere que Bolsonaro se afaste da campanha de Fred após mentira sobre diploma

A cúpula do PL entendeu que a mentira contada por Fred coloca em xeque a 'retidão' exigida pela sigla e pelos eleitores conservadores

Membros da cúpula do Partido Liberal (PL) sugeriram que o ex-presidente Jair Bolsonaro se afaste da campanha de Fred Rodrigues, que disputa a prefeitura de Goiânia contra Sandro Mabel (União Brasil). O motivo seria a polêmica criada após a mentira sobre a formação e diploma do candidato da sigla. As informações são do jornal O Globo. Nesta semana, o Mais Goiás mostrou que a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) informou à Justiça Eleitoral que Fred não concluiu o curso de Direito na instituição.

Segundo o Globo, depois das informações falsas divulgadas pelo candidato, a cúpula do PL entendeu que a mentira contada por Fred coloca em xeque a ‘retidão’ exigida pela sigla e pelos eleitores conservadores. De acordo com membros do partido, o candidato feriu o Código de Ética do PL e pode sofrer sanções dentro da sigla.

Ainda conforme as fontes ouvidas pela reportagem, a sugestão é para que Bolsonaro se afaste da campanha de Fred para que o ex-presidente não tenha sua imagem desgastada. Vale lembrar que o ex-chefe do Executivo prometeu que visitaria Goiânia no próximo domingo (27/10) para auxiliar a campanha do candidato do PL na capital de Goiás. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deve vir à cidade para ato com Fred, nesta quinta-feira (24/10).

Informações falsas sobre o diploma de Fred Rodrigue

A discussão em torno do diploma surgiu após Mabel provocar Fred, durante um debate, sobre sua formação. Na ocasião, o candidato do PL disse era ‘formado’ em Direito. Nas redes sociais, ele voltou a afirmar que era formado.

Dias depois, a PUC esclareceu que Fred ingressou no curso, no segundo semestre de 2004, por meio de transferência de outra instituição, mas não concluiu o currículo obrigatório, faltando o cumprimento de 200 horas de atividades complementares.

Ele foi desativado da universidade em 2013, conforme previsto no regimento da instituição. Após a polêmica, o candidato disse que nunca se apresentou como bacharel e que a inserção sobre sua formação no plano de governo cadastrado no TSE foi um erro da assessoria.