Um movimento encabeçado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), com apoio de outras entidades sindicais e movimentos populares, promete ser a primeira grande ofensiva, nesta sexta-feira, contra as manifestações que defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Apelidado nos bastidores de “Blinda Dilma”, o ato ocorre em 24 capitais com a defesa da Petrobras e a manutenção do governo Dilma entre suas bandeiras principais.
Em São Paulo, o “Blinda Dilma” será realizado na avenida Paulista, em frente ao escritório da estatal, e seguirá em passeata pelas ruas do centro da capital. No mesmo dia, também à tarde, um grupo de militantes pró-impeachment, articulados via redes sociais, protesta na Paulista contra o governo petista. No domingo, dia 15, ao menos em 30 cidades brasileiras estão programadas passeatas pela saída da presidente do poder.
O ato em defesa do governo nesta sexta-feira, entretanto, promete criticar medidas que as entidades consideram afrontar direitos dos trabalhadores, além de defender uma reforma política que foi mote na campanha eleitoral, mas ainda não foi realizada.
Além da CUT, que representa cerca oito milhões de trabalhadores em 3,2 mil sindicatos, a iniciativa contará com centrais como a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), que defenderam a reeleição da petista ano passado. Ao contráro, a Força Sindical, segunda maior central do País e que apoiou a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência, apoiará a manifestação pró-impeachment do dia 15.
Entre os movimentos sociais, está prevista a participação no ato do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e o Movimento dos Sem Terra (MST) e além da União Nacional dos Estudantes (UNE).