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Com 50 anos de jornalismo, 45 de vida esportiva e 28 anos após se eleger pela primeira vez como deputado estadual, o radialista Mané de Oliveira (PSDB) está de volta à cena política.
Com a bandeira da Segurança Pública nas mãos, ele tem como principal meta fazer com que a justiça seja rigorosamente cumprida. Sua carreira começou no rádio em Anápolis e de lá até aqui conseguiu se firmar como um dos cronistas esportivos mais conhecidos do Estado.
Quando se lançou candidato pela primeira vez em 1986, Mane foi o mais votado de Goiânia e o segundo melhor colocado em número de votos no Estado. Fora do pleito durante 20 anos, voltou à disputa em 2006 quando se candidatou a uma vaga na Câmara dos Deputados. Apesar de ter alcançado cerda de 24,5 mil votos, o número não foi suficiente para levá-lo a Brasília. Agora, aos 74 anos, pretende ocupar “com determinação” uma cadeira na Assembléia Legislativa.
Um dos fundadores do PSDB, está no partido desde o seus primórdios a pedido do seu mentor político, o ex-governador Henrique Santillo. Segundo Mané, naquela ocasião um grupo de oito deputados foram convidados por Santillo a sair do PMDB por não concordarem com atitudes do partido, mas somente ele seguiu com Santillo o que à época segundo ele era como cometer um suicídio político por ter como adversário Iris Rezende (PMDB). Mesmo assim, saiu e se filiou ao PSDB onde está ainda hoje.
VALÉRIO LUIZ
Deste período até aqui muita coisa aconteceu, diz ele. Entretanto, nenhum doeu tão forte quanto o dia cinco de julho de 2012, dia em que seu filho Valério Luiz foi assassinado a tiros ao sair de onde trabalhava, na Rádio Bandeirantes 820 AM. “Foi o dia em que sofri o golpe mais duro da minha vida”, lamenta.
Encontrar seu filho morto foi a maior dor que diz ter sofrido em suas quase 70 décadas e meia de vida. Com a voz embargada sucedida por um silencio e lágrimas, Mané de Oliveira ainda se emociona quando o assunto é posto em pauta. Segundo ele, o fato o fez pensar com mais carinho na possibilidade de se candidatar nestas eleições, além dos vários convites que surgiram.
Com pouco mais de um mês de trabalho Mané faz campanha sozinho – sem dobradinha com candidato a deputado federal – sobre um caminhão nos principais cruzamentos de Goiânia. “A minha força política é o som, a facilidade que eu tenho de falar para as pessoas”.
Uma das principais medidas a serem tomadas tem relação com as circunstâncias que causaram a morte do seu filho. Segundo ele, criar um programa de proteção a testemunhas será uma das prioridades. “O Estado já tem uma lei nesse sentido, porém a efetividade é pequena”, diz.
O candidato ainda tem outras propostas, como Bolsa Esporte, Programa de Adoção Facilitada e Redução da Jornada de Trabalho do Caminhoneiro.
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