Decisão que põe fim à coercitiva pode aumentar pedidos de prisão, diz delegado
Nesta quinta-feira o Supremo decidiu vetar de vez a coercitiva, instrumento largamente utilizado na Operação Lava Jato
O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, Edvandir Paiva, prevê que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em proibir a condução coercitiva de investigados para interrogatório “pode refletir diretamente no aumento dos pedidos de prisão temporária”.
Nesta quinta-feira, 14, por 6 votos a 5, o Supremo decidiu vetar de vez a coercitiva, instrumento largamente utilizado na Operação Lava Jato. “Tempos estranhos”, reagiu o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em sua conta no Twitter.
Edvandir Paiva avalia que “a condução coercitiva é um instrumento jurídico, menos gravoso, que foi adotado para impedir a destruição ou ocultação de provas e a combinação entre investigados, sobretudo no momento da deflagração de operações complexas. A decisão do STF estabelece um parâmetro que pode refletir diretamente no aumento dos pedidos de prisão temporária, como forma de evitar riscos à investigação criminal”, prevê o delegado.