Decotelli coloca no currículo que foi ministro da Educação
Na plataforma do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), ele registrou na sexta-feira (3) que, "entre 25 e 30 de junho de 2020, atuou como Ministro da Educação do Brasil"
O professor Carlos Alberto Decotelli entregou sua carta de demissão do Ministério da Educação (MEC) em 30 de junho, antes de assumir oficialmente. Apesar de ter sido anunciado cinco dias antes, para ele foi o suficiente para registrar na plataforma do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na sexta-feira (3), que “entre 25 e 30 de junho de 2020, atuou como Ministro da Educação do Brasil”.
Durante sua curta passagem como anunciado na pasta, Decotelli teve o currículo contestado em mais de uma ocasião, inclusive por universidades estrangeiras e a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O resultado foi a desistência do professor.
Vale citar que Renato Feder, indicado na sexta-feira (3) para substituir Decotelli, pode não assumir, de fato, a pasta. Isto, porque segundo informações do R7, Bolsonaro teria desistido da indicação.
A indicação de Feder teve resistência de aliados próximos ao governo, inclusive, parte dos evangélicos. Por outro lado, alguns adversários políticos do presidente elogiaram a escolha do atual secretário de Educação e Esportes do Paraná.
Destaca-se, ainda, que, conforme informações do Estadão, alas ligadas ao guru Olavo de Carvalho e aos militares também estariam pressionando o presidente a desistir do convite. Os olavistas, por uma suposta ligação de Feder ao governador João Doria (PSDB-SP) e os militares por quererem alguém ligados a eles.