Defesa da delegada presa com R$ 1,8 mi alega publicidade no Instagram
A defesa da delegada Adriana Belém, presa na última terça-feira (10) em operação do MP-RJ…
A defesa da delegada Adriana Belém, presa na última terça-feira (10) em operação do MP-RJ (Ministério Público do Rio) que investiga uma rede de apoio a jogos de azar, mencionou a publicidade no Instagram como uma das justificativas para o R$ 1,8 milhão em espécie encontrado na casa dela na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
No pedido de revogação da prisão preventiva, os advogados de Belém citam como “exemplo da demonstração de licitude do valor apreendido” “uma simples e rápida análise das redes sociais da delegada, atualmente com mais de 160 mil seguidores, também monetizada”.
A defesa de Adriana usou ainda outra justificativa para o dinheiro: R$ 350 mil foram recebidos do distrato da venda de um imóvel. Os advogados —entre eles Luciana Pires, que também representa o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso da rachadinha— pedem que a Justiça dê mais tempo para que a delegada possa explicar a origem do montante.
Outro motivo citado pela defesa de Adriana Belém para que ela responda ao processo em liberdade foi a pandemia de coronavírus. “A doença possui alta taxa de letalidade em grupos de pacientes vulneráveis, além da população carcerária”, disseram os advogados.
Segundo a defesa da delegada, o sistema prisional do Rio de Janeiro é “um verdadeiro cemitério de mulheres vivas”.
“Lançar uma delegada neste sistema superlotado é lançar sua integridade física ao bel-prazer da sorte, seja pela insalubridade em si, seja pelo perigo advindo da profissão exercida por anos pela ora requerente, lançando-a ao encontro daquelas que em algum momento da sua ilibada carreira prendeu”.
Em audiência de custódia, realizada na última quarta-feira (11), a juíza Daniele Lima Pires Barbosa negou pedido de relaxamento da prisão. Adriana Belém foi transferida para o Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, zona norte do Rio, após passar por exames no IML (Instituto Médico Legal).
*Com informações do UOL