Justiça

Defesa de Geddel cita julgamento de Lula e pede liberdade ao Supremo

De acordo com os advogados, STF reconheceu que um acusado não pode ser prejudicado pela demora da Justiça

A defesa do ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) pediu nesta sexta-feira (23) ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin a revogação da prisão de seu cliente. Para fundamentar o pedido, os advogados citaram o julgamento no qual a Corte concedeu uma liminar para impedir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja preso até 4 de abril, quando o tribunal voltará a julgar o habeas corpus de Lula.

De acordo com os advogados, ao conceder a liminar ao ex-presidente, o STF reconheceu que um acusado não pode ser prejudicado pela demora da Justiça em julgar o pedido de liberdade. As informações são da Agência Brasil.
Caso a soltura não seja concedida, a defesa pediu que o recurso seja julgado imediatamente pela Corte. Antes do recurso, Fachin rejeitou individualmente a concessão de liberdade a Geddel.

“Seguindo o prudente posicionamento do Tribunal Pleno, quando se entendeu pela impossibilidade de se impingir ônus pela demora da prestação jurisdicional ao processado, requer a consequente expedição de alvará de soltura, ainda que condicionada à imposição de medidas diversas da prisão”, argumentam os advogados.

Geddel está preso desde 8 de setembro de 2017. A prisão ocorreu três dias depois que a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em dinheiro no apartamento de um amigo do político.
Conforme a PF, parte do dinheiro seria resultante de um esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal no período entre 2011 e 2013, quando Geddel era vice-presidente de Pessoa Jurídica da instituição.

Ao se manifestar sobre sobre a origem do recurso, a defesa de Geddel alegou que o dinheiro decorre da simples guarda de valores em espécie. Os advogados alegam que os valores são fruto de investimentos no mercado de incorporação imobiliária, com dinheiro vivo.

Ainda de acordo com a defesa, Geddel, o irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), e a matriarca da família, Marluce Vieira Lima, não podem ser acusados dos crimes porque a denúncia está baseada em uma teia de ilações e suposições